O grupo era monitorado havia 15 dias. Ao serem interceptados nesta quinta, os milicianos entraram em confronto com a polícia, e 12 suspeitos morreram. Um policial foi ferido sem gravidade.
Entre os mortos, está o ex-policial Carlos Eduardo Benevides Gomes, o Cabo Benê, apontado pela polícia como o chefe da milícia em Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio, e um dos homens mais procurados do RJ.
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Cartaz de procurado de Cabo Benê — Foto: Reprodução
A rota pegava um desvio da rodovia Rio-Santos a fim de evitar um posto da PRF. Cerca de 500 metros antes da unidade, há uma saída para uma concessionária e uma via auxiliar.
Segundo o Ministério Público do RJ, os milicianos se reuniam regularmente no bairro Chaperó, em Itaguaí. Quem ia para o local saindo da Zona Oeste do Rio pegava esse desvio.

Ação contra grupo de milicianos em Itaguaí termina com 12 suspeitos mortos
Como foi a ação
De acordo com o delegado Rodrigo Oliveira, subsecretário de Planejamento e Integração Operacional da Polícia Civil, os suspeitos atiraram tão logo foram abordados.
“Nós paramos um carro no início da via secundária, e um outro carro fechou a parte traseira. Do primeiro veículo, desceu um criminoso que já saiu disparando e atingiu um policial no peito, só que, com o colete à prova de balas, ele foi protegido pelo colete. A partir daí começou o confronto”, explicou o delegado.
Na manhã desta sexta (16), ainda era possível ver no local do confronto cápsulas de fuzil e de pistola, além de marcas de sangue.
Segundo Fabrício Oliveira, coordenador da Coordenadoria de Operações Especiais (Core), até esta quinta-feira nenhum cerco havia sido bem-sucedidos.
“Para eles, se entregar não é uma opção, e só são parados com a força da ação policial”, disse Fabrício.
O coordenador da Core disse ainda que já havia informações a respeito das rotas utilizadas pelos criminosos.
“Já havia, sim, a informação do deslocamento de grandes comboios de criminosos armados de fuzis naquela região. Mas eles não guardam um padrão de deslocamento, a gente sabe de algumas rotas que eles fazem”, explicou.
“A partir dessas informações preliminares, passamos a desenvolver esse planejamento de uma ação muito sensível. Quando tivemos a confirmação desse comboio que vinha da Avenida Brasil em direção a Itaguaí, a gente conseguiu montar um cerco e fazer essa abordagem, que resultou nessa grande apreensão de armas”, detalhou.