O Governo Federal abriu nesta terça-feira 13.480 novas vagas para graduação na modalidade sanduíche – pela qual parte do curso é realizada no Brasil e parte no exterior – em nove países da Europa, Ásia e América do Norte, como parte do programa Ciência sem Fronteiras.
As vagas são para 18 áreas de conhecimento científico e tecnológico e as inscrições vão até julho. Os países envolvidos nas chamadas são: Alemanha, Austrália, Canadá, Coréia do Sul, Estados Unidos, Finlândia, Hungria, Japão e Reino Unido.
Mesmo sem terem pensado inicialmente em participar de um intercâmbio, os estudantes Ricardo Ryoiti Kojima, de 22 anos, e Bruno Cordeiro Capelas, 21, estão realizando parte das disciplinas da graduação em universidades estrangeiras como parte do programa.
Kojima é acadêmico de Engenharia de Produção da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e atualmente está na Universidade de Toronto no Canadá.
Para ele, o intercâmbio é uma oportunidade para aprofundar o conhecimento de inglês e ter contato com professores e pesquisadores diferentes, segundo disse à Agência Efe em uma entrevista por email.
“O meu inglês melhorou muito. Além disso, aprendi a mexer em outras ferramentas e pude assistir a um curso de Excel, o que nunca consegui no Brasil, devido ao número limitado de vagas. A grande diferença eu vejo na infraestrutura dos laboratórios. As pesquisas também são muito incentivadas”, afirmou.
Capelas, por sua vez, é aluno de Jornalismo da Universidade de São Paulo (USP) e está na Universidade Nova de Lisboa através de um convênio firmado entre as duas instituições.
O estudante destaca que, além de poder frequentar disciplinas fora do currículo tradicional, a experiência de estar em outro país será diferencial na sua formação.
“Morar em outro país, conversar com as pessoas na rua e perceber as diferenças de costume, além de entrar em outra realidade e se confrontar com outras maneiras de ver o mundo é tão (ou mais) importante do que a parte de assistir a uma boa aula”, contou à Efe.
O Ciência sem Fronteiras foi anunciado em dezembro de 2011 pela presidente Dilma Rousseff com um investimento de mais R$ 3 bilhões. Até 2015, a meta do governo é qualificar 101 mil estudantes pelo programa que, até o momento, já implementou mais de 22 mil bolsas em todas as modalidades de graduação, doutorado e pós-doutorado.