Servidores ameaçam realizar “apagão na saúde”

O Distrito Federal corre o risco de ficar 24 horas sem atendimento nos hospitais. A ameaça é do sindicato dos servidores da Saúde, que desde o início do ano tenta com o governo do DF conquistar, sem sucesso, melhorias para quase 100 categorias de nível médio. A crise agravou-se logo após o governador do DF, Agnelo Queiroz (PT), ter anunciado reajuste salarial apenas para médicos da rede. Em assembleia realizada na última quinta-feira (23), os servidores garantiram que, caso não sejam recebidos pelo chefe do Executivo, as cidades do DF poderão sofrer o chamado “apagão na saúde”.

De acordo com o calendário aprovado pela categoria, no próximo dia 5 de junho (quarta-feira), às 10h, haverá outra assembleia-geral, em frente ao palácio do Buriti. Para os dias 13, 14 e 15, ficaram pré-agendadas três paralisações totais na rede, inclusive nas emergências dos hospitais.

“Temos sido tratados com total descaso pelo governo local. Não somos contrários ao reajuste dos médicos, mas somos todos servidores e merecemos reconhecimento tanto quanto eles. Por trás do médico, há centenas de pessoas que fazem a saúde pública andar”, discursou a presidente da entidade, Marli Rodrigues. O sindicato possui cerca de oito mil filiados.

Os servidores reivindicam isonomia na carga horária, implantação do auxílio-saúde, reposição salarial com base nos índices da inflação e antecipação das parcelas da GATA, gratificação recentemente conquistada pelas categorias de nível médio. “Vamos partir para uma guerra em defesa da saúde pública, e, principalmente, da nossa dignidade”, classificou Rodrigues.

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