Comissão do Senado aprova plantio de cana na Amazônia Legal

Agência Senado

 O plantio de cana-de-açúcar poderá chegar à Amazônia Legal, nas  áreas desmatadas e nos biomas cerrado e campos gerais. É o que prevê projeto  (PLS 626/2011) aprovado nesta terça-feira pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa  do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA), presidida pelo senador Blairo  Maggi (PR-MT).

Aprovado em decisão terminativa, o projeto recebeu cinco votos favoráveis e  dois contrários, além de uma abstenção. Se não houver recurso de pelo menos nove  senadores, seguirá diretamente para a Câmara, sem passar por votação pelo  Plenário do Senado.

Para o autor da proposta, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), o plantio de cana  na região vai estimular a produção de biocombustíveis. Em voto favorável, o  relator, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), apontou a necessidade de ampliar as  áreas de cultivo para o atendimento das demandas futuras de etanol e açúcar.

Contrário ao projeto, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) lembrou que a  região amazônica ficou fora de zoneamento agroecológico feito pela Embrapa para  o cultivo da cana-de-açúcar no Brasil e que a proibição da cultura na região  deveria ser mantida. Já os senadores Ivo Cassol (PP-RO), Valdir Raupp (PMDB-RO)  e Ataídes Oliveira (PSDB-TO) defenderam a ampliação da produção de etanol, sob  argumento de que o cultivo levará desenvolvimento a seus estados. O senador  Cícero Lucena (PSDB-PB) também foi favorável. A senadora Ana Rita (PT-ES) votou  contra, enquanto a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) se absteve.

De acordo com o projeto, a expansão do cultivo de cana na Amazônia Legal deve  ter como diretrizes a proteção do meio ambiente, a conservação da biodiversidade  e a livre concorrência, entre outras. Também deve considerar as disposições do  novo Código Florestal e as recomendações da pesquisa.

O texto remete a regulamentação o estabelecimento de condições, critérios e  vedações para a concessão de crédito rural e agroindustrial para cultivo de  cana-de-açúcar e produção de açúcar, etanol e outros biocombustíveis e  derivados, na Amazônia Legal.

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