O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, considerou “maluquice” adiar a publicação do acórdão do julgamento do processo do mensalão. Advogados dos réus pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para adiar a publicação – e, com isso, dar mais tempo à defesa para preparar os recursos. O pedido foi negado pelo relator do processo e presidente do tribunal, ministro Joaquim Barbosa. Os advogados querem que o caso seja levado ao plenário da Corte.
– Suspender a publicação do acórdão é maluquice, isso é maluquice. O Ministério Público tem que olhar a situação de todos os réus e os advogados, normalmente é um advogado por réu. Então não vejo nenhuma dificuldade. Nunca vi isso. É inconcebível – disse Gurgel antes da sessão desta terça-feira do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O acórdão é o documento que detalha as decisões tomadas durante os quatro meses e meio de julgamento. Dos 37 réus, 25 foram condenados e 12, absolvidos. Após a publicação, será aberto prazo de cinco dias para a apresentação de recursos.
Também antes da sessão do CNJ, Barbosa disse que ainda não decidiu se levará o pedido ao plenário antes da publicação do acórdão, aguardada para os próximos dias.
– Não, não decidi. O acórdão nem está pronto. Faltam algumas assinaturas. Os ministros precisam liberar e assinar – disse o ministro.