Termina sem acordo reunião entre Metrô do DF e funcionários no TRT

Terminou sem acordo no início da tarde desta quinta-feira (16) uma reunião de conciliação entre o Sindicato dos Metroviários e o Metrô do Distrito Federal no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para tentar pôr fim à greve dos servidores. Os metroviários iniciaram a paralisação no dia 14. Sem acordo, a greve vai a julgamento.As principais reivindicações dos metroviários são a reposição da inflação, de pouco mais de 9%, e a contratação de funcionários aprovados em concurso público. O Metrô afirma não ter como fazer novas contratações por causa das limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal e que faltam recursos para a correção dos salários.

O diretor de finanças e administração do Sindicato, Quintino dos Santos, disse que a discussão sobre o reajuste “é fundamental”. “A questão do INPC [Índice Nacional de Preços ao Consumidor] ao trabalhador é uma questão de respeito. A gente não quer mais do que isso. O que falta ao Metrô e ao governo é disposição em relação a isso.”

Durante a reunião, o representante do Metrô, Gustavo Andrade, rejeitou proposta do TRT de remarcar uma nova rodada de negociações nesta sexta. “Proponho que a gente vá para julgamento, pois não tenho como apresentar nada novo amanhã [sexta]”, afirmou.

Durante a reunião, ficou acertado em relação ao segundo e terceiro itens da pauta – que tratam das condições de trabalho, o que envolve contratação de funcionários, melhorias nos equipamentos, segurança de trabalho e terceirização – que, até 15 de julho, o Metrô apresente um documento pontuando soluções para os riscos estruturais.

Ainda durante a tentativa de negociação, a Federação Nacional dos Empregados do Metrô (Fenametro) pediu ao diretor do Metrô o corte de 20% dos cargos comissionados da empresa. Segundo a entidade, há pessoas em cargos comissionados ganhando até cinco vezes mais do que concursados em funções operacionais.

Sem o acordo, a greve dos funcionários vai a julgamento. O sindicato tem até 48 horas para apresentar defesa e a empresa mais 48 horas para se manifestar. Em seguida, será marcado o julgamento, que decidirá sobre a abusividade do movimento e os pedidos do sindicato.

“A gente lamenta essa determinação. É uma pena”, disse o diretor do Sindicato dos Metroviários Ronaldo Amorim. Com a decisão, a greve se mantém e os trens continuam funcionando apenas em horários de pico e sem rodar aos domingos.

Segundo o sindicato da categoria, há déficit de cerca de 800 funcionários. A entidade diz que há 900 aprovados em concurso  aguardando convocação. O quadro atualmente tem 1,2 mil servidores. O salário inicial de um agente de segurança da empresa é de R$ 2,9 mil, o mais baixo da empresa. O maior salário inicial é o de engenheiro – R$ 6 mil. Informações do G1.

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