Da France Presse

A historiadora britânica Mary Beard, grande especialista em Antiguidade, foi anunciada nesta quarta-feira (25) como a vencedora do prêmio Princesa das Astúrias das Ciências Sociais por sua “contribuição ao estudo da cultura, da política e da sociedade” greco-latina.
O prêmio, que existe desde 1981, já foi vencido por nomes como Jürgen Habermas, Paul Krugman, Anthony Giddens, John H. Elliott e Mary Robinson.
Beard, de 61 anos, professora na Universidade de Cambridge e destacada feminista, “é uma das figuras intelectuais europeias mais influentes da atualidade e conta com um amplo reconhecimento tanto do mundo acadêmico como da sociedade”, destacou a presidente do júri, Carmen Iglesias Cano, ao anunciar o prêmio em Oviedo, norte da Espanha.
Nascida em 1º de janeiro de 1955 na cidade britânica de Much Wenlock, Mary Beard é autora de livros como “Uma história da Roma antiga” (2016), “Pompeia, história e lenda de uma cidade” (2008) ou “O triunfo romano” (2007).
O Prêmio Princesa das Astúrias das Ciências Sociais, que no ano passado foi dado à economista francesa Esther Duflo, concede ao ganhador 50 mil euros, a reprodução de uma escultura de Joan Miró, um diploma e uma insígnia.
Entre os candidatos deste ano figuravam também o filósofo americano Michael Sandel e os sociólogos espanhol Manuel Castells e cubano Alejandro Portes, a escola infantl italiana Reggio Emilia e o economista espanhol Ramón Tamames.
A Fundação Princesa das Astúrias, que concede o prêmio, se chamava Príncipe das Astúrias e foi rebatizada como em homenagem a Leonor de Borbón, de 9 anos, que se tornou herdeira do trono da Espanha após a proclamação de seu pai, Felipe VI, como monarca em junho de 2014.