Assolado por um forte terremoto, de 7,8 graus, o pior da história do país em 40 anos, no fim de semana, o Equador estava diante da dura realidade de recuperar mais corpos do que sobreviventes ontem, terceiro dia após a tragédia. Balanço oficial de ontem contabilizava 480 mortos e 2.560 feridos. Mas, com 1.700 desaparecidos, a expectativa sombria das autoridades é que número de vítimas fatais chegue perto de 2 mil pessoas.
Rezando por milagres, familiares desesperados imploravam para que as equipes de resgate encontrassem seus entes, enquanto escavavam os destroços de casas, hotéis e lojas desmoronadas na costa do Oceano Pacífico, a região mais atingida.
O terremoto danificou ou destruiu cerca de 1.500 edifícios e obrigou mais de 20 mil pessoas a passarem a noite em abrigos, de acordo com o governoequatoriano.Em visita à região do desastre, o presidente equatoriano, Rafael Correa, visivelmente comovido, disse que a reconstrução irá custar entre 2 bilhões e 3 bilhões de dólares e que pode representar um fardo “pesado” à nação de 16 milhões de pessoas.
Em Pedernales, uma cidadelitorânea rústica que ficou devastada, multidões se reuniam atrás de fitas de isolamento para ver bombeiros e policiais revolvendo os escombros noite adentro. O estádio de futebol local serve como um centro de apoio e necrotério improvisados.
Quase 400 socorristas de vários paísesajudamna busca a sobreviventes, além de 83 especialistas da Suíça e da Espanha. Os Estados Unidos disseram que irão enviar uma equipe de especialistas em desastres, e Cuba encaminha equipe de médica.