Desde que assumiu a secretaria de Segurança Pública de Goiás, no dia 25 de fevereiro, o vice-governador José Eliton (PSDB), pautou sua atuação na pirotecnia. Logo na posse, apresentou o discurso de “tolerância zero”, insuflado pelo assassinato da estudante Nathália Zucatelli. O crime mobilizou a opinião pública e provocou a saída do secretário Joaquim Mesquita. Eliton participou da coletiva de apresentação de Natália Gonçalves de Sousa, assassina confessa da jovem e acompanhou blitzes, no fim de semana, sob forte chuva. Tudo para mostrar serviço.
Mas a pirotecnia não assustou os bandidos. Na sexta-feira, 26, o assassinato de um borracheiro chocou a Vila Alzira, em Aparecida de Goiânia. A segunda-feira, 29, amanheceu sangrenta, com uma mulher assassinada e uma criança baleada no Jardim Cerrado, em Goiânia, e o assassinato de mais uma estudante na porta de sua casa, em Aparecida de Goiânia. Ela foi morta ao ser abordado por dois homens em uma moto, que levaram seu aparelho celular.
Se os bandidos não se assustam, a população segue consternada e amedrontada. As mortes desmontam a pirotecnia do governador Marconi Perillo (PSDB) e de seu ungido para comandar a segurança em Goiás. Não basta discurso contundente, se os policiais que estão nas ruas trabalham no limite físico e mental. Não adianta acompanhar bitz da polícia apenas para virar notícia. A manchete de paz que todo goiano deseja tem de ser construída com trabalho e não com propaganda. Informações do site GoiásReal.