A Secretaria de Saúde do Distrito Federal informou nesta segunda-feira (15) que adquiriu 12,5 mil kits de testes rápidos de dengue, ao custo de R$ 116,2 mil (R$ 9,30 por unidade). A previsão da pasta é de que o material seja suficiente para atender a rede durante 20 dias. O material deve chegar até o fim desta semana.
Segundo a secretaria, o pedido de compra foi feito por meio de um pregão eletrônico depois que foi detectada a falta de estoques nas unidades de saúde. O governo diz que os kits vão suprir a necessidade “até o final do período crítico” em hospitais, UPAs e centros de saúde.
A secretaria afirma que realiza uma média de 600 testes por dia. De acordo com a diretora das Urgências e Emergências da Secretaria de Saúde (Diure), Julister Maia, a pasta busca comprar mais materiais, conforme a demanda.
Em dezembro de 2015, hospitais da rede pública de Samambaia, Planaltina e Taguatinga ficaram sem os reagentes. Segundo um funcionário do hospital de Taguatinga, o material estava indisponível na unidade há mais de um ano.
As UADs ampliaram a capacidade de atendimento na última sexta-feira (12) e passaram a oferecer cinco tendas e 15 leitos para acelerar os exames de diagnóstico da dengue. Segundo o secretário de Saúde, Fábio Gondim, o trabalho busca desafogar a emergência do Hospital Regional de Brazlândia, região com maior número de casos da doença, e acelera o atendimento das pessoas que buscam a unidade.
Até esta segunda-feira, foram realizados 699 atendimentos e 580 testes rápidos na Unidade de Atendimento à Dengue (UAD) em frente ao hospital de Brazlândia. De acordo com o GDF, foram diagnosticados 221 casos da doença.
O espaço funciona de segunda a sexta, das 8h às 18h. A Saúde afirma que casos em que o tratamento do paciente não tiver sido finalizado até o último turno das sextas-feiras, a pessoas será enviada para a emergência do hospital.
Confirmações
O Boletim Epidemiológico mais recente aponta que Brazlândia teve até 11 de fevereiro 420 casos confirmados de dengue. Em seguida, aparecem São Sebastião (176), Planaltina (145) e Ceilândia (133).
Um caso de morte por dengue hemorrágica foi confirmado – o da enfermeira e cunhada do vice-governador, Renato Santana. Outras três ocorrências são investigadas.
No sábado (13), seis médicos – quatro policiais militares e dois bombeiros – trabalharam nas tendas instaladas em frente ao hospital de Brazlândia. No último domingo, foram deslocados sete servidores da secretaria à unidade.
Os governos distrital e federal realizaram no sábado o Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti. A ação tem apoio das Forças Armadas. Ao todo, 220 mil militares (160 mil do Exército, 30 mil da Marinha e 30 mil da Força Aérea) começaram a atuar no combate ao mosquito em fevereiro.
Na primeira etapa, eles entregam panfletos com orientações para evitar a proliferação do mosquito. Em seguida, 50 mil homens visitam casas para fazer inspeções. A Saúde quer inspecionar todas as 821 mil residências do DF até o final deste mês. (G1)