Ex-secretária conta bastidores da era Kirchner

Miriam. Mistério sobre relação Foto: Terceiro / La Nación/GDA

 

 Depois de ter revelado que, durante o governo de Néstor Kirchner (2003-2007), bolsas com dinheiro circulavam pela Casa Rosada, Miriam Quiroga (foto) – durante anos uma das principais assistentes do ex-presidente argentino e, segundo rumores, sua amante – decidiu lançar o livro “Meus anos com Néstor”. Em meio a sua participação como testemunha em investigações sobre supostos casos de lavagem de dinheiro envolvendo ex-colaboradores de Kirchner e empresários amigos da família presidencial, Miriam publicou suas memórias. Ciente de que muitos comprariam o livro para saber qual foi sua verdadeira relação com Kirchner, a ex-secretária evitou dar uma resposta contundente: “Somente Deus, Néstor, Cristina (Kirchner) e eu sabemos a verdade”.

Depois de manter viva a fantasia do romance entre o chefe e sua secretária, Miriam se dedica a contar como era Kirchner, sua rotina de trabalho; seu relacionamento com Cristina (“nos unia o amor por um homem apaixonado pela política”) e com os meios de comunicação (basicamente, seu desejo de controlá-los); seus cuidados médicos (depois de anos tomando uísque, o chá passou a ser melhor opção); e como construíram um relacionamento que define como íntimo.

A vida de Miriam mudou radicalmente desde que decidiu, em abril, revelar movimentos de colaboradores do ex-presidente. As denúncias, também incluídas no livro, obrigaram a ex-secretária a contar com proteção policial. Ela também foi convidada a participar do programa nacional de testemunhas protegidas, o que implicaria uma mudança para algum destino desconhecido. Miriam ainda não decidiu se aceitará a oferta, embora viva “com medo, por mim, por minha família e pelo que possa nos acontecer”.

Ao contrário de outros ex-funcionários do governo Kirchner, a ex-secretária presidencial, que durante o mandato de seu chefe foi diretora de Documentação da Casa Rosada, vive numa precária situação econômica. “Eu conto minha própria história. Outros carregavam bolsas que eu não carregava”, diz Miriam. Os tribunais portenhos estão investigando a suposta lavagem de € 55 milhões. Informações de O Globo.

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