Caminhoneiros colocam fogo em pneus durante protesto em Santos

Caminhoneiros colocaram fogo em pneus durante protestos na Margem Direita do Porto de Santos, no litoral de São Paulo, na tarde desta segunda-feira (1). A manifestação acontece no bairro Valongo, bloqueando as duas pistas do cais santista.

Além dos pneus, os motoristas utilizaram paus e pedras para bloquear a via. Segundo os manifestantes, apenas caminhões são impedidos de passar, carros e ambulâncias não são bloqueados.

Pela manhã, o protesto teve início no bairro Alemoa, na altura da Avenida Engenheiro Augusto Barata. Dois caminhões bloquearam a rotatória, descendo o elevado do Saboó, no sentido Ponta da Praia. Já em frente ao Armazém 1, da Tecondi, caminhões também bloquearam a passagem. De acordo com a Codesp, o protesto não chegou a afetar a operação de carga e descarga, já que o abastecimento dos armazéns é feito com antecedência.

Arte / Rua do Adubo (Foto: Arte / G1)

O protesto começou na Via Anchieta, na altura de São Bernardo do Campo. Após congestionarem a Cônego Domênico Rangoni, os caminhões provocaram reflexos de congestionamentos em vários acessos da rodovia. Até o momento não há registro de confronto entre policiais e manifestantes.

De acordo com informações da Guarda Portuária, o trânsito está completamente parado na reta da Alemoa e no Valongo por conta das manifestações dos caminhoneiros.

Margem Esquerda
Centenas de caminhões bloqueiam, desde a manhã desta segunda-feira, o principal acesso à Margem Esquerda do Porto de Santos, em Guarujá, no litoral de São Paulo. O protesto, que começou no início da manhã, ‘trancou’ a Rua Idalino Pinês, conhecida como a ‘Rua do Adubo’. Os manifestantes pedem a diminuição da tarifa dos pedágios no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI) e reclamam dos buracos na Rua do Adubo. Segundo o presidente da Associação dos Caminhoneiros Autônomos, Laurence Gomes dos Santos, a paralisação deve durar 72 horas. Uma das pistas da Cônego está livre para a passagem dos veículos de passeio.

Com relação aos buracos, motivo de uma das reclamações dos manifestantes, a Codesp afirma que já houve uma primeira tentativa de eliminar os problemas verificados na Rua do Adubo, entretanto, ela não se mostrou eficaz, tendo em vista que a pavimentação daquele viário não é adequada para o tráfego de caminhões. Assim, a Codesp está providenciando uma solução definitiva para que as condições atualmente verificadas naquela via não venham mais se repetir.

Alckmin
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na manhã desta segunda-feira (1º) que a suspensão do reajuste dos pedágios nas rodovias estaduais beneficiou a todos, inclusive caminhoneiros que trafegam com eixo suspenso.

Ao anunciar na segunda-feira (24) que os pedágios não seriam reajustados, Alckmin autorizou, entre outras medidas, que a cobrança da taxa passe a considerar também o conjunto de rodas que os caminhonheiros levantam para não tocar o chão, normalmente quando o veículo está vazio.

A medida entrou na lista de reclamações de caminhoneiros que protestam nas estradas do estado. Desde a manhã desta segunda, protestos de motoristas de veículos pesados contra o preço da tarifa dos pedágios causavam lentidão nas rodovias Castello Branco, Anchieta e no acesso ao Porto de Santos.

“Essa manifestação envolve pedágio, valor do diesel, acesso às cidades, um conjunto de fatores”, disse o governador durante evento do Metrô na região do Campo Belo, Zona Sul da capital. “No nosso caso, nós suprimimos um reajuste que ia ser de 6,5%. A maioria dos caminhões não tem um eixo suspenso, deixou de ter reajuste de 6,5%. Quem tem o eixo suspenso deixou de ter um reajuste de 3,5%. Todos foram beneficiados.”

A suspensão do reajuste foi anunciada na semana passada. Atualmente, 19 concessionárias administram 16 mil km de rodovias paulistas. O reajuste do valor da travessia de lanchas e da balsa do trecho Santos-Guarujá, na Baixada Santista, também foi suspenso. Segundo o governador, a decisão foi tomada após dois anos e meio de um trabalho do governo estadual em torno dos contratos de concessão de longo prazo.

Alckmin tentou minimizar os protestos. “Nós estamos conversando com as entidades dos sindicatos, aliás é uma área pequena dos sindicatos, quase nenhum deles não fez nenhuma manifestação, mas acho que já está resolvendo.” Mesmo assim, ele disse que o governo está aberto para conversar sobre a cobrança de pedágio pelo total de eixos dos veículos.

Caminhoneiros desceram dos veículos para protestar (Foto: Mayara Rached / TV Tribuna)Caminhoneiros desceram dos veículos para protestar (Foto: Mayara Rached / TV Tribuna)

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