O deputado Wasny de Roure (PT) argumentou que o plenário fora convocado para apreciar os vetos constantes na pauta, e não outra proposta. A mesma posição defendeu o deputado Agaciel Maia (PTC), ao alegar que “o assunto não deveria ser apreciado de forma açodada, mas sim segundo o rito”. De acordo com o parlamentar, a votação de hoje “atropelou o procedimento legislativo”. A presidente da Casa, deputada Celina Leão (PDT), rebateu Agaciel ao afirmar que “não há açodamento, uma vez que o segundo turno da proposta só será apreciado no ano que vem”.
Críticas – O mérito da proposta recebeu críticas de parlamentares, entre eles o deputado Chico Vigilante (PT), que a classificou de “golpe contra a democracia”. Vigilante adiantou que irá questionar a matéria na Justiça. A resposta de Celina Leão veio em seguida: “Eu nem sei se vou ser candidata, trata-se de uma emenda que apenas torna possível a reeleição. Não houve golpe algum, as decisões do plenário são soberanas”. Votaram contrários à proposta os deputados Wasny de Roure, Chico Vigilante, Agaciel Maia, Chico Leite (Rede), Joe Valle (PDT) e Prof. Reginaldo Veras (PDT). Ao justificar seu voto, Veras disse ser “a favor da alternância de poder”. Abstiveram-se os deputados Juarezão (PRTB) e Liliane Roriz (PRTB). As eleições para cargos da Mesa Diretora ocorrem a cada dois anos.