Áudios da Operação Dubai, que investiga formação de cartel nos postos de combustível no DF, mostram conversas entre deputados distritais e o empresário Antonio Matias, um dos sócios da rede de combustível Cascol e um dos seus assessores, Rivelino. Na conversa ele pede ao funcionário que providencie um ticket de gasolina no valor de R$ 1.020 para a deputada distrital e presidente da Câmara Legislativa do DF, Celina Leão. As informações são do R7.
Em outros trechos da ligação ele cita outros parlamentares.
As ligações de Antonio Matias foram interceptadas durante a operação Dubai, da polícia federal. As investigações apuram um suposto cartel de combustível no DF que teria dado um prejuízo de pelo menos um bilhão de dólares por ano aos consumidores do DF e entorno. Antonio Matias foi um dos 7 empresários preso no último dia 24 pela PF. Os áudios foram gravados antes das prisões mas só agora vieram a público.
De acordo com a polícia, parlamentares teriam se beneficiado de dinheiro e combustível cedidos pela suposta organização. Estariam nas gravações obtidas pela polícia, os assessores do senador Hélio José, do PMB, e do deputado federal Izalci Lucas do PSDB, e ainda o deputado distrital Raimundo Ribeiro do PSDB. O nome deputada Celina Leão do PDT, também é citado.
Em resposta aos áudios, o deputado Izalci do PSDB disse que o assessor Mayone Dias ligou para a Cascol porque ele costuma comprar combustível da empresa para abastecer vouchers dos funcionários do gabinete. Ele afirma que tem as notas fiscais dessas negociações.
O deputado distrital Raimundo Ribeiro disse que a conversa sobre combustível era para uma ajuda no processo eleitoral de conselho tutelar.
O senador Hélio José não foi encontrado para comentar os áudios vazados. A presidente da Câmara, Celina Leão, negou qualquer envolvimento com a caso e disse que ninguém do gabinete dela ligou para Antonio Matias.