Promotora do caso Telexfree é encontrada morta em Rio Branco

  

A promotora Nicole Gonzalez, do Ministério Público Estadual (MPE) do Acre, morreu vítima de disparo de arma de fogo no início da noite deste domingo em seu apartamento em Rio Branco, no condomínio Florença, próximo a Uninorte.  Nicole Gonzalez Colombo Arnoldi atuou no caso Telexfree e atualmente estava lotada na Promotoria de Justiça do município do Bujari. Anteriormente atuou na Promotoria de Tarauacá (2002).

Segundo informações preliminares, vizinhos ouviram disparos de arma de fogo e há suspeita de suicídio. Entretanto, segundo uma moradora do condomínio, foi ouvido sons de discussão que precederam o som do disparo. A promotora morava no primeiro andar do edifico, o qual tem quatro apartamentos por andar.

Nicole Gonzalez Colombo Arnoldi, 35 anos, Promotora de Justiça do Estado do Acre, atentou contra sua própria vida no início da noite deste domingo em Rio Branco, segundo as circunstancias levantadas no local do crime pela Polícia Civil do Estado do Acre.

“Vamos aguardar os laudos pericias, mas podemos afirmar com 99% de chance que trata-se de fato de suicídio”, informou o delegado de polícia Alcino Júnior que chegou ao local logo após o fato.

 Suicidio

A promotora Nicole Gonzalez, que era natural de Araraquara/ interior de São Paulo,  vinha passando por grave crise depressiva, inclusive há informações de que sua mãe teria estado com ela há alguns dias no Acre. No final da tarde do domingo sua mãe havia tentado contato com a filha por telefone e ligou para colega de trabalho de Nicole, alertando sobre o estado depressivo de Nicole.

Dois promotores amigos de Nicole, que não tiveram seus nomes divulgados, se dirigiram ao prédio do condomínio Florença e na porta do apartamento insistiram para que a colega abrisse a porta, batendo fortemente e chamando por ela, quando escutaram um tiro. Um dos promotores arrombou a porta e a encontraram ainda agonizando com a marca de um tiro na cabeça e a arma do crime ao lado do corpo.

O Serviço Móvel de Urgência e Emergência (SAMU) foi acionado, com profissionais chegando a fazer massagem cardíaca na tentativa de reabilitação da jovem jurista, mas esta foi a óbito ainda no local.

Segundo fontes de Acreaovivo.com a promotora estaria em crise com o namorado, mas este não esteve no apartamento momentos antes do provável suicídio.

O velório será nesta segunda-feira no prédio do Ministério Público do Estado do Acre, localizado na Rua Mal. Deodoro, 472, Centro de Rio Branco. Não foi informado se o corpo será trasladado para sua cidade de origem.

O Procurador Geral de Justiça do Acre, Oswaldo D’Albuquerque Neto, dará entrevista sobre o caso hoje às 9h30, no gabinete da Procuradoria Geral, localizado na Rua Benjamin Constant, Centro.

 

Retrospectiva do caso Telexfree


18 de junho de 2013 – A 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, através da juíza Thaís Borges, julgou procedente uma ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Acre, e suspendeu os pagamentos e a adesão de novos contratos à empresa de marketing multinível Telexfree até o julgamento final da ação principal. A empresa era investigada sob a suspeita de funcionar com esquema de pirâmide financeira.

24 de junho de 2013 – O desembargador do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Samoel Evangelista, decidiu indeferir o pedido de revisão da sentença dos advogados da Telexfree e manteve a liminar que proíbe os pagamentos e novas adesões à empresa. A medida manteve o bloqueio às contas dos sócios administradores e é válida para todo o território nacional.

15 de abril de 2014 – Um relatório da Secretaria de Estado de Massachusetts (EUA) afirmou que a Telexfree é uma pirâmide financeira que arrecadou cerca de US$ 1,2 bilhão em todo o mundo. No documento, as autoridades pediram o fim das atividades da empresa, a devolução dos lucros e o ressarcimento das perdas causadas aos investidores, chamados de divulgadores.

9 de maio de 2014 – Justiça dos Estados Unidos acusou criminalmente os responsáveis pela Telexfree, apontados pelas autoridades norte-americanas de promoverem um esquema de pirâmide financeira, por fraude federal.

13 de fevereiro de 2015 – A 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco recebeu o laudo pericial sobre a auditoria nas contas da empresa Ympactus Comercial S/A, a Telexfree.

Informações do ac24horas e G1

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