
Um dia após a morte do político opositor Luis Manuel Díaz em pleno ato, a ativista e líder opositora venezuelana Lilian Tintori acusou o governo de tentar matá-la. A mulher de López, em uma turnê nacional denunciando abusos contra os direitos civis e divulgando o caso de seu marido, deu mais detalhes sobre o “terror, o assédio e a violência”.
Tintori afirmou ainda que o avião onde estava antes de ir para o ato onde Díaz foi morto acabou pegando fogo porque os freios teriam sido removidos e ele acabou tendo que forçar impacto na fuselagem.
— Se fosse em outro aeroporto, todos a bordo teriam morrido. Não me resta dúvida de que isto foi planejado.
Tintori foi hostilizada enquanto se dirigia para o ato em Altagracia de Orituco, estado de Guárico.
O dirigente foi atingido por tiros disparados de um carro em movimento enquanto participava de um ato de campanha na cidade Altagracia de Orituco, estado de Guárico, e não resistiu aos ferimentos.
A OEA condenou nesta quinta-feira o assassinato do opositor venezuelano na quarta-feira durante o comício, a poucos dias das eleições parlamentares no país. O secretário-geral Luis Almagro disse que a morte de Díaz, do partido Ação Democrática (AD), é uma “ferida de morte à democracia”.
O presidente Nicolás Maduro, por sua vez, diz que o assassinato foi um “lamentável acerto de contas entre grupos criminosos rivais”.