Empresários fazem sucesso com loja ‘Hitler’ na Faixa de Gaza

ANSA

 Uma loja de jeans tem chamado a atenção dos jovens que circulam pela região central da Faixa de Gaza. A loja “Hitler” produz roupas a um custo acessível e é a segunda unidade dos empresários Hassan e Ahmed Radwan na área – a primeira foi aberta em Sheikh Radwan há três anos.

Além de ter um nome que remete ao extermínio dos judeus durante o holocausto da Segunda Guerra Mundial, uma clara provocação aos israelenses, os comerciantes resolveram vestir os manequins com peças que remetem às cores palestinas e com facas em mãos.

Após polêmica de manequins com facas, donos da loja ‘Hitler’ resolveram trocar objetos por bandeiras

Foto: Reuters

Desde o início de outubro, uma série de palestinos atacaram com facas diversos israelenses em áreas de Jerusalém e da Cisjordânia. A imprensa local chegou a chamar essa onda de ataques de “intifada”, que significa “revolta” em árabe.

Porém, por causa da repercussão internacional, os donos decidiram retirar os artefatos trocando-os por bandeiras da região e cobrindo os rostos dos bonecos com o keffiyeh (o véu utilizado pelos homens islâmicos).

Os irmãos Radwan são comerciantes há mais de 20 anos e, atualmente, vivem sua fase de maior sucesso. Há três anos, quando a região estava envolvida em armas, eles quiseram buscar um nome “adequado” a sua pequena loja de roupas. A inspiração veio da Índia onde, depois de pesquisar na internet, descobriram que um empresário precisou renunciar à “marca Hitler” pelas autoridades locais.

Mas, em Gaza, evidentemente, há mais problemas do que o nome de uma loja. Ao expor os manequins vestidos com roupas dos anos 1930, época de grande expansão dos moradores da região, e com pose de vencedores, a “Hitler” chamou a atenção da mídia local e permitiu o consequente sucesso da marca.

“Nós não temos nada a ver com a política. Somos apenas comerciantes e queremos vender. Gostem ou não, esse é o nosso marketing”, dizem uníssonos os proprietários. E, aparentemente, o nome da loja não incomoda os jovens locais. Diversos deles, além de comprar as peças, posam para “selfies” com os manequins da “intifada”.

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