A Turquia confirmou nesta terça-feira uma operação terrestre de seu exército em território iraquiano para perseguir milicianos curdos que mataram no domingo 16 de seus soldados, e disse que será de curta duração.
“As forças de segurança turcas atravessaram a fronteira iraquiana no âmbito do direito de perseguição contra terroristas do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) que realizaram os ataques recentes”, declarou à AFP uma fonte governamental que pediu o anonimato.
Segundo a agência de notícias Dogan, que cita fontes militares, dois batalhões de “boinas grenás” do exército cruzaram a fronteira para ir atrás de dois grupos do PKK após o ataque no qual 16 soldados morreram em Daglica, perto da fronteira iraquiana.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu nesta terça-feira “não abandonar o país aos terroristas”.
“Não abandonamos e não abandonaremos esta nação a três ou cinco terroristas”, advertiu Erdogan em uma mensagem televisionada.
No fim de julho, o governo turco ordenou uma série de bombardeios aéreos contra as bases dos rebeldes curdos no norte do Iraque, em represália por ataques rebeldes contra suas forças de segurança.
Segundo um último balanço da imprensa pró-governamental, estes confrontos provocaram a morte de uma centena de soldados ou policiais turcos e de mil rebeldes.