Da Reuters
Dezessete republicanos, encabeçados pelo bilionário Donald Trump, buscam a indicação do partido. Só 10 estarão no palco na noite de quinta-feira, ocasião do debate inaugural no horário nobre da televisão, que pode oferecer uma vitrine e uma chance de se destacar.
“No fim das contas, o verdadeiro assunto aqui é Hillary Clinton, Barack Obama, e o fato de que o país realmente não está em boa situação no momento”, disse o presidente do Comitê Nacional Republicano, Reince Priebus, ao canal NBC News, citando a favorita à indicação democrata e o atual presidente dos EUA. “Na verdade… esse é o foco. Não vamos nos focar uns nos outros”, afirmou Priebus no programa “Today”.
A rede Fox News, que irá transmitir o encontro, limitou a participação aos candidatos que ficaram entre os 10 mais lembrados em pesquisas de opinião recentes, decisão que despertou ansiedade, dado o número de postulantes no final da lista que tentam ficar entre os selecionados.
A atenção republicana voltada a Hillary também surge em meio a reportagens desta semana segundo as quais o FBI está investigando a segurança das configurações do e-mail particular da ex-secretária de Estado, aumentando a polêmica sobre como ela lidou com as mensagens quando era a principal diplomata do país.
Trump, figura de destaque do meio imobiliário e personalidade televisiva sem papas na língua, se colocou à frente do establishment republicano, abrindo dois dígitos de vantagem nas pesquisas. O último levantamento da Reuters mostra Trump na dianteira – quase 30 por cento dos entrevistados disseram que votarão nele, seguido pelo ex-governador da Flórida, Jeb Bush, com 12 por cento.
Dez por cento dos 490 republicanos consultados afirmaram que não irão votar. (Para a lista completa dos resultados, em inglês, veja http://bit.ly/1Ip7pN2)
Indagado sobre a liderança de Trump, Priebus disse que ainda há muito tempo até a eleição de novembro de 2016, mas reconheceu que o empresário soube explorar a frustração da população com o governo e os políticos. Os dois se desentenderam por conta dos comentários de Trump sobre uma possível candidatura independente, mas Priebus acredita ser algo improvável de ocorrer.