Suzano Almeida, Jornal de Brasília
O distrital Raimundo Ribeiro (PSDB), co-autor da proposta de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara Legislativa que investigará irregularidades no sistema público de transporte (CPI do Transporte), será o nome escolhido por seu bloco, formado pelo PTC, PSDB, PRTB e PPL, para participar da apuração. O parlamentar afirma que as conversas são informais e que sua indicação, que deve partir do líder do seu bloco Agaciel Maia (PTC), deverá ser confirmada hoje, às 11h, durante a reunião do grupo.
Raimundo Ribeiro, que assinou o requerimento de abertura da CPI do Transporte junto com a presidente da Câmara, Celina Leão (PDT), já declarou que, confirmada sua indicação, quer ocupar a vaga de relator do caso.
“A relatoria é escolhida por meio do voto e tradicionalmente é dada ao requerente da CPI, que pode escolher ela ou a presidência. Como o deputado Bispo Renato (PR) já se posicionou para a disputa da presidência, não vejo problema em disputar a relatoria”, confirma o tucano, que não minimiza a importância dos demais membros da CPI.
O relator é o responsável por, ao final das investigações, fazer o parecer sobre o que a comissão apurou e as impressões que os membros da CPI tiveram do que foi apurado. A escolha preocupa possíveis envolvidos. O tucano, entretanto, não sabe quem estaria fazendo oposição ao seu nome.
Decisão conjunta
Agaciel Maia confirmou, ainda ontem, que o nome de Ribeiro deve ser o indicado na reunião de hoje. “A possibilidade de escolher o Raimundo Ribeiro é grande, mas chamei os outros deputados para tomarmos a decisão juntos”, declara Agaciel, que diz ainda que nenhum dos demais membros do seu bloco se colocou na disputa pela vaga.
Líder espera preencher hoje a última vaga
O bloco formado pelo PMDB, PTB e PP escolherá hoje quem será o seu representante na CPI do Transporte. Quatro dos cinco nomes ainda estão na disputa, mas o líder do bloco Wellington Luiz (PMDB) já declarou que, se os demais distritais abrirem mão, ele pretende fazer parte do grupo de investigação da Câmara Legislativa.
“Meu nome ainda não está fechado, mas há a possibilidade de eu ser escolhido. Eu tenho interesse em fazer parte da CPI desde o ano passado, quando se começou a cogitar a abertura dela e nunca escondi”, declara Wellington, que continua: “Eu como líder não posso me indicar, então só vou me posicionar se os demais declinarem”.
A liderança do bloco do PT, que indicou Ricardo Vale para a CPI, disse que vai aguardar a definição dos membros para se posicionar sobre qual cargo vai querer na CPI ou se vai apoiar alguém para os cargos de relator e presidente.