Forças iraquianas lançam contra-ataque ao Estado Islâmico em Anbar

Do G1 

Forças de segurança iraquianas lançaram um contra-ataque ao grupo Estado Islâmico (EI) na província de Anbar, no oeste do país, nesta segunda-feira (13), buscando reverter o revés precoce de uma nova campanha para recapturar o principal território sunita do país.

O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, anunciou uma nova ofensiva em Anbar na semana passada, mas o Estado Islâmico logo em seguida ocupou dois bairros na periferia norte de Ramadi, capital da província.

O EI assassinou entre quinta-feira e sexta cerca de 40 pessoas, entre policiais e parentes dos agentes de segurança, incluindo mulheres e crianças, na província de Al Anbar.

Albu Faraj, um policial que estava em um dos bairros, disse que as forças de segurança haviam recuperado, nesta segunda-feira, 40% do território perdido, mas que enfrentavam uma ferrenha resistência dos militantes.

“Hoje, a província de Anbar, e especificamente Ramadi, está submetida ao ataque mais agressivo em mais de um ano”, disse o governador de Anbar, Suhaib al-Rawi, ao canal de TV Hadath, nesta segunda-feira.

A nova ofensiva em Anbar deveria representar um avanço após uma vitória na cidade de Tikrit, retomada por forças iraquianas, incluindo grupos paramilitares xiitas, neste mês. Mas os militantes do EI revidaram a operação avançando sobre outras partes do país, incluindo um ataque contra a maior refinaria do país, na cidade de Baiji.

‘Longo combate’
Nesta segunda, o Pentágono divulgou que o EI perdeu “de 25 a 30%” do território que ocupava no Iraque desde seu apogeu, em agosto, quando iniciaram os ataques aéreos da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

“O EI não é mais a força dominante em 25 a 30% das zonas povoadas no Iraque onde antes tinha completa liberdade de circulação”, declarou o coronel Steven Warren, porta-voz do departamento de Defesa dos EUA.

No total, as zonas onde o EI perdeu o controle representam de 13.000 a 17.000 km2, essencialmente no norte e no centro do Iraque, segundo o Pentágono.

“O EI é agora rechaçado lentamente, mas é um longo combate”, admitiu o porta-voz.

Desde agosto de 2014, os aviões da coalizão realizaram 3.244 ataques aéreos contra o EI, sendo 1.879 no Iraque e 1.365 na Síria, segundo dados do Pentágono.

Na Síria, o EI “mantém sua influência global”; perdeu terreno na região de Kobane e avançou nos arredores de Damasco e de Homs, destacou Warren.

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