Governo Rollemberg começa com cortes e fusão de administrações

 Correio Braziliense

Os cartazes pendurados na parede da sala de reunião da equipe de transição, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, indicam a preocupação do futuro governo. Separadas pela probabilidade de se concretizarem e pelo impacto que podem causar na sociedade, as anotações flagradas pelo Correio demonstram os riscos detectados pelo time socialista. Eles vão desde a possibilidade de não ter alimento para os animais do zoológico nos próximos meses até a falta de uniformes escolares para 50 mil alunos da rede pública. Ontem, o futuro chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, esclareceu algumas das medidas a serem tomadas a fim de evitar que os possíveis problemas se tornem realidade.

Economizar será a ordem do PSB à frente do Palácio do Buriti. Segundo Hélio, a futura composição do GDF pretende diminuir recursos destinados à compra de combustível, cortar mordomias, como o excesso de motoristas particulares, e proibir até pequenos gastos (Leia quadro abaixo). As medidas são necessárias para que as paredes do futuro gabinete de Rodrigo Rollemberg (PSB) não fique repletas de anotações.
Classificados como “catastróficos”, alguns dos riscos diagnosticados pela transição são “muito prováveis” de acontecer. Entre eles, estão a paralisação de 17 Agências do Trabalhador, a falta de atendimento aos turistas e problemas na Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) e na Companhia Energética de Brasília (CEB) — que talvez não tenha nem como emitir boletos de cobrança. Também são levantadas preocupações com o Fundo de Apoio à Pesquisa, com o Banco de Brasília (BRB) e com a perda de 200 mil mudas já produzidas no cerrado.

Administrações
Para evitar tantas dificuldades, Hélio afirmou que uma das principais medidas será reduzir o quadro de pessoal nas administrações regionais. “Existem servidores comissionados que sequer comparecem ao trabalho, que não vão às repartições desde o início da eleição. Achávamos que seria mais difícil cortar em 60% o número de cargos de comissão, mas estamos vendo que há um enorme excesso de funcionários. Em alguns casos, para uma só função, por exemplo, tem mais de um funcionário”, explicou.
Com o número elevado de problemas, o governo precisará elencar prioridades. O salário dos servidores é a principal. “Nós sabemos que afeta diretamente a vida do cidadão e, obviamente, daremos mais atenção a essa questão”, afirmou. Ele também garantiu que todo contrato em vigor será honrado. “A não ser que se encontre alguma irregularidade, o que está assinado será mantido”, disse.

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