O candidato do PSB ao governo do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, disse nesta quarta-feira (22) que vai reestruturar todas as carreiras do serviço público para garantir que o governo atinja “metas e resultados”. Rollemberg foi o último entrevistado do G1 com os candidatos que disputam o segundo turno no próximo domingo – Jofran Frejat (PR) foi o entrevistado desta terça (21).
Ele disse que a saúde é considerada uma “área crítica” e terá prioridade em seu governo, caso seja eleito. Rollemberg defendeu que os servidores desses setores possam receber gratificações financeiras e promoções de acordo com as metas alcançadas.
“Se precisarmos valorizar determinados servidores para exercer determinadas funções, eles têm que ser valorizados. Se precisarem receber mais para fazer aquilo, receberão mais, para atingir o objetivo, que é oferecer um serviço de melhor qualidade para a população do DF.” “Você tem que criar algum tipo de motivação para que ele possa exercer uma função, sempre com objetivo de atender melhor a população”, disse.
O candidato disse que deixou o governo de Agnelo porque se decepcionou com a condução da gestão, com as alianças feitas pela administração. Rollemberg dispensou o apoio do PT no segundo turno, mas disse que quer receber votos de eleitores de todos os partidos.
“Nós entendemos que hoje os eleitores não têm dono, os eleitores são independentes para escolher o seu candidato. E nós queremos o voto dos eleitores de todos os candidatos do Distrito Federal, em torno do nosso programa de governo”.
Ele falou que não fará concessão para obter apoio dos deputados na Câmara Legislativa, caso seja eleito. “Eles terão de apoiar os projetos. Se eles concordarem com os projetos que encaminharemos à Câmara Legislativa, será bom. Agora, não faremos qualquer tipo de concessão para obter o apoio do deputado A, B ou C, seja de qual partido for”, disse.
Rollemberg reafirmou que quer reduzir o número de cargos comissionados em 60% e também diminuir as secretarias. “Tem algumas secretarias que não tem sentido. Vou dar exemplos: Secretaria de Conselho de Governo, Secretaria de Assuntos Estratégicos, Secretaria de Assuntos Internacionais. O que é importante é que tenhamos políticas públicas que cheguem na ponta. Nós vamos valorizar os servidores públicos concursados no Distrito Federal”, afirmou.
O candidato disse que a escolha dos administradores regionais será feita pelos moradores, em eleição direta, mas declarou que o modelo para realizar o pleito ainda não está definido. Ele afirmou que a população deve indicar os nomes dos gestores já na fase de transição, se for eleito.
“Nós temos que definir, e definir conjuntamento com a Câmara Legislativa, caso o administrador não esteja sendo eficiente, não esteja cumprindo adequadamente as suas obrigações, qual o mecanismo de troca, de substituição desse administrador. Isso tem que estar na lei que vai regulamentar a eleição direta para as administrações regionais.”
Perfil
O senador Rodrigo Rollemberg nasceu no Rio de Janeiro em 13 de julho de 1959. Na capital federal desde 1 ano, o candidato do PSB é formado em história pela Universidade de Brasília (UnB) e está filiado ao partido desde 1985.
Eleito deputado distrital em 1995, assumiu a Secretaria de Turismo do governo de Cristovam Buarque no ano seguinte. Concorreu ao Buriti pela primeira vez em 2002. Em 2004, foi nomeado secretário nacional de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia, no governo Lula.
Rollemberg foi eleito deputado federal em 2006. Depois do primeiro mandato, se candidatou a senador em 2010 e também foi eleito.