Candidatos já articulam apoio para o segundo turno das eleições no DF

Myrcia Hessen, do R7

Os candidatos ao governo do DF Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR) já começaram a traçar suas estratégias de campanha para o segundo turno das eleições.

Mais votado no primeiro turno, Rollemberg afirma que não vai atrás de nenhum partido ou candidato em busca de apoio, mas garante que quem quiser apoiá-lo será bem-vindo, desde que respeite seu plano de governo.

— Todos os que queiram apoiar nosso programa de governo, sem absolutamente nada em troca, serão muito bem-vindos. [Tem que vir para a coligação] apenas pelo desejo de mudança.

Segundo o coordenador de campanha de Rollemberg, Hélio Doyle, o candidato espera a reunião do PSB, marcada para esta quarta-feira (8), para saber se a ex-senadora Marina Silva apoiará o candidato a presidente da República Aécio Neves (PSDB). Se a aliança se confirmar, Rollemberg pode buscar apoio do deputado e ex-candidato Luiz Pitiman (PSDB) e dar palanque ao Aécio no Distrito Federal.

— [Rollemberg] acha importante não tomar uma decisão individualmente. Por isso, vai aguardar a reunião do partido amanhã à tarde. Ele tem sido procurado por candidatos eleitos e não eleitos para discutir apoio, mas não teve nenhuma conversa definitiva e, como ele mesmo falou, estamos com muita calma porque ele não vai fazer nenhum compromisso – não terá loteamento de cargos, nem nada que possa comprometer seu governo.

Hélio disse ainda que o eleitor do DF pode esperar uma campanha “mais intensa” do candidato Rodrigo Rollemberg no segundo turno.

— A campanha só muda na questão da intensidade, agora é uma campanha de menos tempo e com um tempo bem maior de TV. Mas, o programa de governo não muda, as propostas são as mesmas.

O candidato Jofran Frejat (PR) tem evitado citar os nomes que tem procurado em busca de apoio para o segundo turno. Procurado pelo R7 DF, ele garante que tem conversado com quem realmente interessa: o eleitor.

— Eu estou conversando com todos os que querem colaborar para tirar Brasília dessa situação em que se encontra. Vou conversar com a população, mostrar nosso programa de governo.

O candidato admitiu que Rollemberg é competitivo e que não será fácil vencer o páreo, mas diz que está confiante na vitória.

— Em política nada é fácil, mas, se com 20 dias de campanha conseguimos o segundo turno, é claro que agora estou bem confiante, ainda mais com tempo de TV igual para conversar com a população. Mas, a estratégia continua a mesma, nada muda.

Outros candidatos

Nesta segunda-feira (6), durante a cerimônia de posse de defensores públicos, o governador Agnelo Queiroz (PT), que não conseguiu ir ao segundo turno, afirmou que vai trabalhar até o dia 31 de dezembro para entregar bons resultados ao sucessor. Mas evitou falar em quem apoiará no segundo turno das eleições.

— Os partidos [da coligação Respeito por Brasília] vão se reunir para tomar a decisão sobre quem apoiar no segundo turno da eleição, se limitou a dizer.

Já o deputado e ex-candidato Luiz Pitiman (PSDB) declarou que está “construindo”, junto com o candidato a presidente da República Aécio Neves (PSDB), qual dos dois planos de governo, de Rodrigo Rollemberg ou de Jofran Frejat, se encaixa melhor na linha do PSDB.

— Queremos 75% [de aprovação] para Aécio no DF. No primeiro turno ele conseguiu 36%, agora a meta é vir com 75%. Estamos buscando esse entendimento e essa composição para definir, até sexta-feira, o candidato que vamos apoiar. Não nos omitiremos.

Toninho do PSOL, que também disputou a corrida eleitoral para o Palácio do Buriti, afirmou que fará reunião ainda nesta terça-feira (7) com todos os candidatos do PSOL no Distrito Federal para adotar uma posição frente ao segundo turno das eleições. Segundo ele, é preciso ouvir a militância da legenda antes de apoiar Rodrigo Rollemberg (PSB), já que o partido é “muito crítico” aos financiamentos de campanha que ele recebeu e alguns outros pontos de seu plano de governo.

— Obviamente não temos nenhuma possibilidade de apoiar uma candidatura como a de Jofran Frejat (PR), que segue todas as ideias do José Roberto Arruda (PR), não temos nenhuma aproximação. Mas, isso não significa que tenhamos posição imediata a Rodrigo Rollemberg (PSB), porque somos muito críticos ao financiamento [de campanha] que ele recebeu.

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