Correio Braziliense
Dez dias após o início da campanha eleitoral, começou a polarização entre os candidatos Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR). Os dois fizeram nessa quinta-feira (17/7) discursos trocando acusações e duríssimas críticas. Depois de a Procuradoria Regional Eleitoral ter impugnado o registro do concorrente do PR com base na Lei da Ficha Limpa, a coligação de Arruda entrou com uma ação de investigação judicial eleitoral contra a chapa encabeçada pelo petista. O argumento do ex-governador é de que o atual chefe do Palácio do Buriti teria usado a máquina pública para fins eleitorais.
Ação judicial
Em uma ação protocolada ontem no Tribunal Regional Eleitoral, a coligação de Arruda alega que Agnelo e o vice-governador Tadeu Filippelli teriam usado “uma sequência de ações e práticas deliberadamente voltadas a conferir musculatura à candidatura do então pré-candidato ao GDF, bem como colocá-lo em vantagem frente aos eventuais postulantes ao cargo em disputa”. De acordo com a ação, assinada pelo advogado de Arruda, Francisco Emerenciano, o governo usa a propaganda institucional ou de programas assistenciais em benefício da campanha.
O advogado de Agnelo Queiroz, Luís Carlos Alcoforado, garantiu que o governador apresentará as suas razões assim que for notificado. Para ele, a ação é uma tentativa de tumultuar o processo eleitoral depois que Arruda foi impugnado pelo Ministério Público sob o fundamento de ter sido condenado em segunda instância. “Essa é uma tentativa de criar um sentimento de precariedade, de dúvida, é uma tática que conspira contra a verdade dos fatos. Essas teorias conspiratórias têm como finalidade tentar nivelar as pessoas como se elas tivessem o passado igual. Mas o resultado será manifestamente inócuo”, afirmou Alcoforado.