Jornal de Brasília
Em encontro com ruralistas do DF, o candidato à reeleição Agnelo Queiroz (PT) comentou, ontem, a condenação de José Roberto Arruda, na última quarta-feira, pelo colegiado da Segunda Turma Cível do Tribunal de Justiça (TJDF), que inclui o ex-governador na Lei da Ficha Limpa. Agnelo aproveitou para rebater as acusações de que a decisão tenha relação com manobras do Partido dos Trabalhadores para tirar Arruda da disputa.
“O que a condenação formal mostra é o que todos sabemos: ele é um ficha suja que não tem condição nenhuma de ser candidato por todos os crimes que cometeu em Brasília. A Justiça só o condenou em um processo entre as dezenas de processos que esse cidadão tem e que envergonham a nossa cidade. Ele envergonhou, humilhou e continua colocando nossa cidade nas páginas policiais”, atacou Agnelo.
APOSTA NO W.O.
Em algumas oportunidades, José Roberto Arruda e políticos próximos a ele chegaram a afirmar que as decisões do Judiciário tinha influências do PT, a quem acusaram de querer ganhar por W.O. (sem adversário). Agnelo chamou as declarações de mentiras. “Ele é um mentiroso. Esse cidadão passou três anos e meio formulando essa mentira. Já tinha feito declarações acusando outro político de Brasília como responsável pela sua tragédia e agora quer dizer que é o PT. Ele é um mentiroso que não tem a menor credibilidade”, afirmou Agnelo.
O presidente regional do PT, Roberto Policarpo, disse que o partido vai aguardar a decisão da Justiça para saber se impugnará o registro de candidatura de Arruda. Já o advogado de Agnelo Queiroz, Luiz Carlos Alcoforado, afirma que o partido não deve entrar com nenhuma representação, deixando a decisão para as urnas.“A coligação vai esperar a decisão da Justiça. Queremos enfrentá-lo nas urnas. Acreditamos que o Arruda é quem tem que se defender e vamos respeitar o desejo popular”, afirmou Alcoforado.
Sob exame, propostas sobre área rural
O governador Agnelo aproveitou o dia de campanha para se reunir, na manhã de ontem, com ativistas da área rural do Distrito Federal na sede da Confederação Nacional do Trabalhadores da Agricultura (Contag). O encontro à portas fechadas foi para debater novas propostas para o setor.
“Esse grupo teve umgrande poder de mobilização no crescimento do setor no Distrito Federal. Agora estamos voltando para conversar com eles, para que nos deem um apoio importante e para tratar da
pauta de futuros compromissos de campanha para o fortalecimento do setor agrário”, disse o governador sobre tema da reunião.
Agnelo destacou alguns pontos que foram alcançados durante a gestão na área rural durante o governo. “Eu destacaria a nossa política da agricultura familiar e de pequenos produtores, que envolve desde a reforma agrária no Distrito Federal, em que as primeiras terras concedidas foram a partir do meu governo, até a assistência técnica da Emater e da aquisição de produtos diretamente da agricultura familiar, com investimento direto de R$ 20 milhões no ano passado e os estudos com fóruns sobre o desenvolvimento de estudos, em conjunto com os agricultores”, lembrou Agnelo.