por O Globo / Com agências internacionais
A Ucrânia assinou um acordo de livre comércio e de cooperação política com a União Europeia nesta sexta-feira que tem estado no centro da crise política do país, atraindo uma ameaça imediata de graves consequências da Rússia.
A Geórgia e a Moldávia assinaram acordos semelhantes, mantendo a perspectiva de uma integração econômica profunda e acesso irrestrito a 500 milhões de cidadãos da UE.
— Nos últimos meses, a Ucrânia pagou o preço mais alto possível para fazer seus sonhos se tornem realidade europeus — disse o Poroshenko disse aos líderes da UE na cerimônia de assinatura do acordo em Bruxelas.
O presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, destacou que o apoio da União Europeia às ex-repúblicas soviéticas.
— É um grande dia para a Europa. A União Europeia está ao seu lado, hoje mais que nunca — disse Rompuy antes da assinatura do acordo com o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Garibashvili, e o primeiro-ministro da Moldávia, Yuri Leanca, durante uma reunião em Bruxelas.
A Rússia disse imediatamente que graves consequências se seguiriam.
O ex-presidente da Ucrânia pró-Rússia Viktor Yanukovich virou as costas para a assinatura do acordo da UE em novembro passado em favor de laços mais estreitos com Moscou, o que gerou meses de protestos de rua que levaram à sua fuga do país. Logo depois, a Rússia anexou a região da Crimeia da Ucrânia, provocando indignação e sanções dos Estados Unidos e da União Europeia.