Do G1

Vídeos enviados por leitores ao G1mostram uma parte do tumulto provocado nesta quarta-feira (9) numa estação do metrô na Ceilândia Norte. A confusão ocorreu em meio à greve dos metroviários.
Indignados com a paralisação, centenas de passageiros protestaram pedindo o dinheiro da passagem de volta.
Durante o tumulto, uma passageira desmaiou. Ela aparece nas imagens sendo atendida por um policial militar e depois por bombeiros. Passageiros dizem em um dos vídeos que a janela de um dos trens foi quebrada. PMs foram acionados para tentar conter o protesto de um grupo de passageiros.

Os metroviários do Distrito Federal decidiram suspender a greve e retornar ao trabalho na manhã desta quinta-feira (10). A medida foi tomada depois de uma audiência entre diretores do sindicato da categoria e representantes do Metrô-DF no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).
A paralisação foi interrompida pelo menos até sexta-feira (11), quando está prevista uma nova reunião entre as partes, marcada para as 10h.
O Metrô informou que o sistema vai operar normalmente nesta quinta e sexta. Serão 24 trens nos horários de pico. Os veículos rodam entre 6h e 23h.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-DF) informou que o trânsito de veículos na faixa exclusiva da EPTG está liberado até que seja tomada uma decisão final sobre a greve dos metroviários.
Durante a audiência, os metroviários chegaram a propor voltar ao serviço com 50% do efetivo, também nesta quinta, em troca de não haver desconto dos seis dias parados.
Sem acordo, Metrô e sindicato conversaram por mais uma hora e meia até decidirem pelo retorno ao serviço até a próxima reunião. As faltas dos funcionários serão abonadas, de acordo com o TRT.
Nesta quinta-feira, as partes têm uma nova reunião agendada para decidir as cláusulas que entrarão na negociação de sexta.
A greve teve início à meia-noite da última sexta-feira (4). Segundo o secretário de Relações Intersindicais do Sindicato dos Metroviários do DF (SindiMetrô-DF), Dione Aguiar, a companhia interrompeu as negociações e negou quase todos os pedidos da categoria.
O Sindicato dos Metroviários reivindica correção das distorções salariais do plano de carreira, redução da jornada de trabalho para seis horas, reajuste salarial de 10%, previdência complementar e aumento da quebra de caixa da bilheteria.
Entre as propostas feitas pelo Metrô estão reajuste salarial e de benefícios com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), aumento de gratificação adicional de quebra de caixa de 70 para 100 bilhetes e implantação de plano de previdência complementar até 31 de março de 2015. A companhia também diz que mantém conversas semanais com o sindicato para criar um termo aditivo ao acordo vigente.