Jogo duro. Arruda é condenado por ação civil pública

A tese comentada em verso e prosa em todas as rodas de política de Brasília de que o ex-governador José Roberto Arruda – o primeiro governador preso do DF – não será candidato nas eleições do próximo mês de outubro parece começar tomar forma. O juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública do Distrito Federal sentenciou, na sexta-feira, 14/2, o ex-governador José Roberto Arruda e o ex-secretário de Esportes e Lazer Agnaldo Silva de Oliveira a multa civil, a suspensão dos direitos políticos, proibição de contratarem com o Poder Público e a perda de eventual função pública quando do trânsito em julgado da condenação. Cabe recurso.

A decisão foi proferida em Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa proposta pelo MPDFT aduzindo que a contratação na partida amistosa de futebol entre as seleções do Brasil e de Portugal, em 19 de novembro de 2008, não obedeceu aos ditames legais.

De acordo com a sentença, Arruda deve ter seus direitos políticos suspensos por quatro anos e Oliveira, por três anos, a contar do trânsito em julgado. Ambos devem pagar multa civil “em quantia equivalente a 50 vezes o valor da remuneração mensal que auferiam à época do fato, em favor do erário distrital, montante que deve ser acrescido de correção monetária pelo IPCA-E a contar de hoje e juros de mora de 1% ao mês a contar da citação”. Eles ficam proibidos também de “contratarem com o Poder Público ou dele receberem quaisquer benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios, pelo prazo de três anos”.

Explica o julgador que “não se tratou de um mero ato administrativo praticado ao arrepio da Lei. O que ocorreu foi uma inexigibilidade de licitação, sem que os dois primeiros Réus (Arruda e Oliveira) tivessem qualquer preocupação em atender as exigências legais. Ademais, não se pode promover uma contratação direta de um evento dessa magnitude, com uma rapidez administrativa impressionante, gastando-se nove milhões de reais, sem nenhuma preocupação em atender as orientações jurídicas”.

A empresa Ailanto Marketing Ltda chegou a figurar como ré no processo, mas foi absolvida. Esclarece a decisão: “É que a dita empresa era a única detentora dos direitos sobre o jogo e cobrou o preço que entendia cabível ao evento. Não detinha, pois, nenhuma ingerência sobre o mau procedimento da Administração Pública.”

 

PR reafirma direitos políticos de Arruda

O PR divulgou uma nota oficial assinada por Salvador Bispo, presidente do partido, em que assegura direitos da candidatura do ex-governador José Roberto Arruda. De acordo com a nota, a defesa de Arruda vai recorrer a instâncias superiores para “restabelecer a justiça”. De acordo com a assessoria do partido, Arruda pretende se candidatar em 2014.

Veja a nota na integra:

Nota Oficial

A sentença proferida pela Primeira Vara da Fazenda Pública a respeito do jogo entre Brasil x Portugal condena um inocente.

A defesa do ex-governador Arruda recorrera as instâncias superiores para estabelecer a justiça.

A mesma sentença que diz que o governante errou ao fazer a dispensa de licitação, inocentou a empresa realizadora do evento por reconhecer que ela tinha a exclusividade das duas seleções naquela data.

Ora, como licitar um evento da seleção brasileira que só tem uma, e cujos direitos exclusivos estão reconhecidos na sentença?

A decisão de primeira instância será combatida com o devido recurso judicial e por isso Arruda está na plenitude de todos os seus direitos políticos.

Brasília, 18 de fevereiro de 2014.

José Salvador Bispo de Oliveira
Presidente Regional DF

Informações da Redação, Blog do Sombra e Diário do Poder.

 

 

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