Rollemberg trabalha por uma aliança de esquerda

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) disse em entrevista ao Correio Braziliense – coluna Eixo Capital – que o partido ainda não formalizou a sua candidatura ao GDF.O que existe é um desejo da Executiva Nacional e da militância do partido de ter candidato a governador”, diz o provável candidato do PSB.

Descartando algumas noticias de que o PSB estaria disposto a se aliar as forças políticas de direita – leia-se os ex-governadores Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR) -, o senador foi claro: “Sempre estive no campo democrático, popular e de esquerda. Estamos buscando construir uma aliança com o PDT, reconhecendo a liderança do Reguffe e do Cristovam. Temos muito interesse em uma aliança com o PSol, com o Solidariedade, e com outros partidos no campo democrático e popular”.

 O PSB perdeu o único distrital que tinha e ainda enfrentou uma debandada de quadros no ano passado. O partido está enfraquecido para a disputa ao Palácio do Buriti?  

– Pelo contrário, o partido se fortaleceu muito com milhares de quadros que ingressaram no partido. Estamos com uma chapa forte de candidatos a deputado. Mas lamentamos a saída do deputado Joe Valle, que é um bom parlamentar. Ainda que tenha trocado de partido por questões pessoais, ele continua muito próximo do PSB.

O senhor foi o primeiro a se lançar candidato ao Governo do Distrito Federal. Por que antecipar tanto a campanha?

– O PSB não formalizou ainda a candidatura ao governo. O que existe é um desejo da Executiva Nacional e da militância do partido de ter candidato a governador. Estamos discutindo com profundidade, com a participação dos setores produtivo e acadêmico, a elaboração de um programa de governo.  

Como está a formação de alianças? Com a candidatura do deputado Reguffe (PDT) e com a resistência do PSol em firmar alianças, o PSB ficou isolado?

– Uma das características da minha trajetória política é a coerência. Sempre estive no campo democrático, popular e de esquerda. Estamos buscando construir uma aliança com o PDT, reconhecendo a liderança do Reguffe e do Cristovam. Temos muito interesse em uma aliança com o PSol, com o Solidariedade, e com outros partidos no campo democrático e popular. Mas, até este momento, a prioridade é a elaboração de um programa de governo. 

O senhor abriria mão da cabeça de chapa?

– Não é uma questão fechada, mas o debate vem sendo liderado pelo PSB, com a formação do programa de governo. Ainda tem o desejo da militância do PSB. É claro que não podemos nos fechar completamente a outras alternativas. Mas hoje a nossa candidatura seria um processo natural.

Qual será o papel da ex-senadora Marina Silva (PSB) na eleição? Ela foi a presidenciável mais votada em 2010 no DF, mas já declarou apoio ao Reguffe.

– Marina terá um papel muito importante no plano nacional, pela liderança política que é e pelos valores que representa. Ela tem confiança na nossa capacidade de construir uma grande aliança no campo democrático e popular.

Como será fazer oposição ao governo durante a eleição, se o partido integrou a coligação de Agnelo na eleição passada?

– Tudo será feito com muita franqueza, lealdade com muito bom senso. O que é bom para o DF sempre terá o nosso apoio, o que for equivocado será apontado. Queremos fazer uma campanha de alto nível, com propostas e sem agressão.

Como se contrapor ao grupo da direita que está se formando com a participação dos ex-governadores Joaquim Roriz (PRTB) e José Roberto Arruda (PR)?

– Entendo que Brasília está desejosa de construir um novo período em sua história e virar definitivamente a página do atraso para a vanguarda de um novo tempo de inovação, sustentabilidade e participação popular.

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