Punição já estava em estudo e foi reforçada após condenação de Bolsonaro
O governo Donald Trump ampliou as sanções aplicadas contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e incluiu também a esposa dele, a advogada Viviane Barci, no rol de punidos pela Lei Magnitsky. A medida foi anunciada em meio à viagem do presidente Lula (PT) a Nova York, para a Assembleia Geral da ONU, e acabou gerando constrangimento à delegação brasileira.
Segundo aliados de Trump, a inclusão de Viviane ocorreu após pressão de bolsonaristas que a apontaram como “braço financeiro” da família Moraes. Ela é sócia em um escritório de advocacia e também uma das donas do Lex Instituto de Estudos Jurídicos, entidade criada em 2000 e que pertence hoje à família. O instituto tem 11 imóveis em seu nome, incluindo a residência de Moraes em São Paulo.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) já havia dito, em setembro, que havia levado ao governo Trump a percepção de que sancionar apenas Moraes seria “contraproducente”. Na época, ele defendeu que escritórios ligados a familiares poderiam ser alvo das punições.
Alexandre de Moraes já havia sido sancionado em agosto pela Lei Magnitsky, que é usada pelos Estados Unidos contra pessoas acusadas de violações graves de direitos humanos. De acordo com o secretário de Estado, Marco Rubio, o ministro teria abusado de seus poderes ao autorizar detenções preventivas e ao restringir a liberdade de expressão.
Com a medida, qualquer bem ou ativo de Viviane nos EUA fica congelado. Além disso, bancos e instituições financeiras americanas não podem realizar operações em dólar para ela. O impacto pode chegar também ao uso de cartões de crédito internacionais como Visa e Mastercard. No Brasil, as consequências para transações em reais ainda estão sendo avaliadas.
Fonte: Mais Goiás