Venezuela vive luto nacional com assassinato de ex-Miss Universo

O GLOBO, COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Na extrema direita, Mónica Spear durante desfile em setembro de 2004, quando ganhou concurso de Miss Universo
Foto: Leslie Mazoch / AP-23-9-2004

Na extrema direita, Mónica Spear durante desfile em setembro de 2004, quando ganhou concurso de Miss Universo Leslie Mazoch / AP-23-9-2004

 Famosa pelas suas conquistas nas competições de Miss Universo, a Venezuela vive agora uma comoção nacional após o assassinato de Mónica Spear, vencedora do título em 2004. Sua morte levou o líder da oposição, Henrique Capriles, a pedir uma união nacional na luta contra a violência, que é uma das principais preocupações dos venezuelanos. No mês passado, o presidente Nicolás Maduro também fez um aceno contra a polarização da política nacional ao se renuir com prefeitos da oposição.

Mónica, de 29 anos, foi assassinada juntamente com seu marido, o irlandês Henry Thomas Berry, de 39 anos, na rodovia Puerto Cabello-Valencia, a cerca de 220 quilômetros a oeste de Caracas. Autoridades acreditam que o crime ocorreu após às 22h, quando o casal tentou resistir a uma tentativa de assalto.

Mónica e Thomas estavam parados no acostamento esperando um guincho após um problema no veículo – provavelmente causado por um buraco na pista – quando foram baleados e mortos. Com apenas cinco anos, a filha do casal ficou ferida com um tiro de raspão na perna mas está fora de perigo.

A região onde ocorreu o assassinato, El Cambur, registra em média um assalto por dia.

Embora o governo de Maduro garanta que as taxas de homicídio foram reduzidas em um terço no ano passado, opositores e organizações de direitos humanos afirmam que os números continuam aumentando.

‘Nicolás Maduro eu proponho deixar de lado nossas profundas diferenças e nos unirmos contra a insegurança, como um único bloco’, escreveu Capriles no Twiiter. Ele também é governador do estado de Miranda, um dos mais ricos do país.

Com 38 assassinatos para cada 100 mil habitantes, a Venezuela é um dos países mais violentos do mundo, segundo dados oficiais.

A ministra das comunicações do país,Alejandra Benítez, disse que ‘aplicará todo o peso da lei’ para resolver o crime.

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