Jogamos | Battlefield 6 acerta em cheio com nova Operation Firestorm

Jogamos | Battlefield 6 acerta em cheio com nova Operation Firestorm

Game também exibiu seu maior mapa, Vale de Mirak, em novo teste

Pode até não ser proposital, mas Battlefield 6 antagoniza Call of Duty de forma quase completa. O jogo que pretende reviver a franquia de FPS da EA já havia apresentado uma proposta bem mais realista, sem apelar para a pirotecnia do rival, e as alterações anunciadas após o fim dos testes públicos só reforçaram essa fundação. Em novo teste digital, podemos sentir na pele essas modificações, e ter certeza que a Operation Firestorm ainda é legal pra caramba.

Antes de tudo, a experiência das partidas não foi a melhor de todas: jogamos apenas modos com mais de 30 jogadores na sala, e não havia quórum entre os criadores de conteúdo convidados para evitar a presença de bots. Ainda assim, foi nítido que os jogadores de carne e osso já abandonaram por completo a movimentação espalhafatosa herdada de CoD, nerfada após o beta.

Testando o game em casa, também foi possível atestar que ele roda com tranquilidade numa não tão modesta, mas já ultrapassada, RTX 2070 Super. A preocupação com os requisitos técnicos tem sido uma das narrativas sobre BF6, mas parece que jogadores que montaram um bom PC há alguns anos não têm muito o que se preocupar.

Em outros aspectos de gameplay, há pouco a adicionar para além daquilo que testamos em Los Angeles. As grandes novidades da vez foram, de fato, o modo de jogo Escalation, o gigantesco mapa Vale de Mirak, e o retorno da Operation Firestorm.

Escalation é, como quase todos os modos clássicos de Battlefield, sobre controle de territórios. Ambas equipes precisam ocupar a maior parte de pontos específicos do mapa, o que vai preenchendo uma barra aos poucos. A primeira equipe a completá-la três vezes vence, o que não traria nada de novo ao jogo se não fosse pela pegadinha: os territórios vão, aos poucos, sendo eliminados da partida, afunilando os conflitos e aumentando a intensidade de cada confronto ao passo que a batalha se encaminha para o fim.

A proposta é divertida e dá um frescor para Battlefield, que já tem o domínio de espaço como uma de suas bases no multiplayer. Fica a curiosidade para saber como seria uma partida composta inteiramente por seres humanos, o que deve levar o uso de veículos e as estratégias de posicionamento para um nível bem mais alto.

Toda essa ação aconteceu no Vale de Mirak, o maior mapa de BF6 em extensão territorial, e é divertido perceber o quanto o espaço físico altera a dinâmica do combate. É necessário ter muito mais atenção com o uso de veículos, que se tornam quase obrigatórios para se deslocar de um ponto até outro da fase. Por consequência, ter Engenheiros em sua equipe também é essencial, já que é complicadíssimo derrubar tanques e afins sem eles.

Battlefield 6

Divulgação/EA

A Operation Firestorm, por sua vez, segue sendo um excelente exemplo de bom design de mapas. Há espaço para tudo: prefere ficar longe e usar snipers? Trocação franca em espaços apertados? Sair destruindo estruturas pela frente com algum veículo? Todas essas possibilidades são contempladas de forma extremamente competente na nova versão do cenário, que tem alterações estruturais para se manter atual.

O segundo teste de Battlefield 6 reforça que a EA veio com os dois pés na porta para o retorno de sua franquia: antagonizando o principal nome do gênero, o game promete encontrar seu espaço entre órfãos de games mais realistas. O novo BF transmite uma ideia muito mais de “jogo de guerra” do que um “jogo de tiro”, obtendo sucesso ao trazer o escopo dos confrontos para a tela.

Battlefield 6 chega em 10 de outubro para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC.

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