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Câncer no intestino: doença que matou Preta Gil cresce entre pessoas com menos de 50 anos

Veja os sintomas e dados da mortalidade no Brasil

A morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, acendeu um alerta sobre o avanço do câncer no intestino, uma das doenças mais graves e silenciosas no Brasil. O caso da artista, diagnosticada em janeiro de 2023, chamou a atenção para o crescimento expressivo do câncer no intestino em pessoas com menos de 50 anos. Ela passou por diversos tratamentos no Brasil e nos Estados Unidos, incluindo cirurgias, quimioterapia, radioterapia e terapias experimentais, mas não resistiu e faleceu neste domingo (20), em Nova York.

    Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que o câncer no intestino, também chamado de câncer colorretal ou câncer de cólon, já é o terceiro tipo mais comum no Brasil, com cerca de 45 mil novos casos por ano — aproximadamente 23 mil em mulheres e 22 mil em homens. É também o segundo tipo de câncer que mais mata, atrás apenas do câncer de pulmão. No mundo, os números são alarmantes: 1,9 milhão de diagnósticos anuais e cerca de 900 mil mortes.

    Sintomas do câncer no intestino, doença que atingiu Preta Gil

    câncer no intestino se desenvolve no cólon e no reto, parte final do intestino grosso, e geralmente é silencioso nos estágios iniciais. Entre os principais sintomas estão:

    • Sangue nas fezes (visível ou oculto);
    • Alteração no hábito intestinal (prisão de ventre ou diarreia persistente);
    • Sensação de evacuação incompleta;
    • Dor ou desconforto abdominal;
    • Perda de peso inexplicável;
    • Cansaço constante;
    • Fezes mais finas, em formato de fita.

    Segundo o INCA, a recomendação é ficar atento especialmente após os 45 anos, idade em que o risco de câncer no intestino cresce significativamente.

    Fatores de risco do câncer no intestino

    Diversos fatores podem aumentar o risco do câncer no intestino, incluindo:

    • Idade acima de 50 anos;
    • Histórico familiar da doença;
    • Doenças inflamatórias intestinais (como Crohn e retocolite ulcerativa);
    • Dieta rica em carne vermelha e pobre em fibras;
    • Sedentarismo e obesidade;
    • Tabagismo e consumo excessivo de álcool;
    • Síndromes genéticas como polipose adenomatosa familiar.

    Apesar de fatores genéticos influenciarem, o estilo de vida tem grande impacto no surgimento do câncer no intestino.

    Como é feito o tratamento do câncer no intestino?

    O tratamento do câncer no intestino varia conforme o estágio da doença. Nos casos iniciais, a cirurgia costuma ser o principal recurso, com alta chance de cura. Em fases mais avançadas, o tratamento pode incluir:

    • Quimioterapia, com medicamentos como 5-fluorouracil, oxaliplatina e irinotecano;
    • Radioterapia, mais comum nos casos de tumor no reto;
    • Terapias-alvo e imunoterapia, opções mais modernas que dependem do perfil genético do tumor.

    Prevenção é fundamental

    Apesar da gravidade, o câncer no intestino tem grandes chances de cura quando detectado cedo. A principal arma para prevenção é o rastreamento com colonoscopia a partir dos 45 anos, ou antes, se houver histórico familiar.

    Dicas para prevenir o câncer no intestino:

    • Coma mais fibras, frutas e vegetais;
    • Reduza o consumo de carne vermelha e embutidos;
    • Pratique exercícios regularmente;
    • Evite álcool e cigarro;
    • Mantenha o peso saudável;
    • Realize exames periódicos.

    Casos entre jovens preocupam especialistas

    Embora o rastreamento do câncer no intestino seja recomendado a partir dos 45 anos, estudos mostram aumento significativo de casos em adultos jovens. Um relatório da American Cancer Society (ACS), de janeiro de 2024, mostrou crescimento acelerado da doença em pessoas com 20, 30 e 40 anos.

    Além do fator genético, especialistas investigam causas ambientais e alimentares para explicar o avanço do câncer no intestino em faixas etárias mais jovens. Há indícios de que alterações na microbiota intestinal (bactérias do intestino) também podem influenciar no aparecimento precoce da doença.

    Fonte: Mais Goiás

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