Operação investiga denúncias de 'rachadinha' na Câmara Legislativa

Delegado da Cecor Adriano Valente — Foto: Aline Ramos/G1

A Polícia Civil cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, na manhã desta segunda-feira(2), durante a segunda fase da Operação Escalada, que investiga denúncias de “rachadinha” em, pelo menos, três gabinetes de deputados na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Ninguém foi preso. Informações do G1.

Segundo as investigações, uma “associação criminosa” liderada pelo ex-chefe de gabinete da deputada Telma Rufino (Pros) Deivid Lopes Ferreira, negociava com funcionários da Casa a devolução de partes do salário dos servidores.

“Deivid tinha em sua posse os cartões bancários desses funcionários e fazia a movimentação direta das contas”, disse o delegado Adriano Valente, da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor).

“Ele indicava um funcionário para um cargo e retia parte do salário.”

Os mandados foram cumpridos em endereços de Brasília e do Gama ligados ao ex-servidor investigado. Durante a ação, policiais apreenderam documentos, cartões, computadores e celulares. Segundo o delegado, até o momento, nenhum deputado foi apontado como envolvido no esquema.

O G1 entrou em contato com a deputada Telma Rufino – agora, administradora regional de Arniqueira – e com a CLDF e aguardava um posicionamento das partes até esta publicação. A reportagem não localizou a defesa de Deivid Ferreira.

Operação Escalada

 

A primeira fase da operação Escalada ocorreu em 20 de setembro deste ano, após denúncias de servidores. Na época, Deivid chegou a ser preso por cerca de cinco dias, mas foi solto em seguida.

No mesmo período, o funcionário foi exonerado da CLDF do gabinete de Telma Rufino, segundo a Polícia Civil. Ele é apontado pelos investigadores como suspeito de comandar o esquema e deve responder por tráfico de influência e falsidade ideológica.

Outros três servidores foram indiciados por suposta participação na prática de “rachadinha”. Se comprovada a autoria, eles devem responder por peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Três funcionários são tratados como vítimas.

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