Marconi faz balanço e anuncia mudanças nas secretarias

Do G1 GO, com informações da TV Anhanguera e Jornal Opção

O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), fez nesta segunda-feira (23) um balanço positivo sobre a administração estadual neste ano. Além disso, ele anunciou que fará algumas mudanças nas secretarias, sendo que duas delas já têm data marcada.

A primeira modificação acontece na Secretaria de Estado da Casa Civil, que será assumida pelo advogado José Carlos Siqueira. Ele deixou a Controladoria-Geral do Estado e a posse está prevista para a próxima quinta-feira (26). A exoneração do deputado Vilmar Rocha (PSD), que até então ocupava a secretaria, também já foi assinada por Perillo.

A outra mudança confirmada será na Secretaria de Gestão e Planejamento do Estado de Goiás (Segplan). A pasta ficará sob o comando do deputado Leonardo Vilela (PSDB), que assume o lugar de Giuseppe Vecci. “O deputado não será candidato a nenhum cargo nas próximas eleições e, por isso, ficará na pasta”, afirmou o governador. A posse também esta prevista para o dia 26.

Perillo destacou, ainda, que o deputado Thiago Peixoto (PSD) deixará a Secretaria de Educação. O nome do sucessor, no entanto, ainda não foi divulgado. “Ele entregou o cargo à pedidos e a saída também ocorre nesta quinta-feira. As demais alterações serão anunciadas em breve”, afirmou.

Além de um balanço sobre os setores da saúde, educação, segurança e infraestrutura ele respondeu a questionamentos a respeito de uma possível candidatura ao governo do Estado em 2014, a suposta fábrica de dossiês que teria existido no segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o recuo com o projeto que efetivaria servidores comissionados com mais de 15 anos de carreira – que, para ele, está “morto e enterrado” e não será reavaliado.

Entre outros assuntos, estavam a contração de empréstimos, a situação da Celg e os efeitos gerados pela greve da Polícia Civil.

Política 2014

Sobre um projeto político para o ano que vem, Marconi Perillo disse que é cedo para discutir o assunto e a prioridade é a execução do plano de governo apresentado para os eleitores durante a campanha de 2010. O governador afirmou que tanto ele quanto seu grupo político estão “felizes”.

No entanto, pontuou que pesquisas qualitativas e quantitativas “sérias” estão sendo feitas no Estado para analisar a avaliação do governo. “Nem vou falar do Ibope, que nunca acertou nada aqui em Goiás”, criticou. Os estudos, segundo o tucano, indicam crescimento “substantivo” e “seguro” da avaliação da gestão diante da população.

Para Marconi Perillo, não só as pesquisas têm mostrado uma recuperação e aprovação de sua imagem e do governo, mas também no corpo a corpo durante as viagens pelo Estado. “A gente sente na pele quando a situação está bem.”

Questionado se a aclamação feita pela base aliada durante o último encontro do ano realizada no dia 14 deste mês não seria um sinal de que seu nome deveria estar no páreo nas eleições estaduais, o tucano disse que isso ocorre “naturalmente”. “Ninguém, em sã consciência acha ruim ter o seu nome aclamado pela sua base. Eu não fiz nenhum esforço, não conversei com nenhum presidente de partido, não pedi a ninguém para falar meu nome. Enquanto em outros ambientes há a discórdia, entre a gente há a unidade. Não só na palavra, mas na prática”, disse em clara referência aos impasses interno do PMDB e também na aliança deste com o PT.

Na sequência, ele respondeu uma pergunta sobre qual adversário desejaria enfrentar em 2014 caso fosse candidato. Com as opções sendo José Batista Júnior, o Júnior Friboi, ou Iris Rezende (ambos do PMDB), o tucano disse que político não escolhe o adversário. “Se começar a escolher adversário é sinônimo de fraqueza, de fragilidade.”

Na visão do tucano, será “catastrófico” para ele, o governo e a Assembleia Legislativa caso anuncie agora que disputará as eleições de 2014. “Qualquer anúncio poderia ser prejudicial ao governo, um anúncio de uma não candidatura oficial atrapalharia muito o governo. Haveria um desestímulo global na Assembleia, aqui dentro [do Palácio Pedro Ludovico]. E o anúncio de uma candidatura também seria catastrófico, desastroso, pois eu não teria capacidade mais de focar no meu governo. E é isso que está dando certo”, avaliou.

Reforma política

Ao ser perguntado sobre a reforma do governo, Marconi Perillo respondeu que nada será adiantado antes do Natal. Ele falou apenas os nomes do deputado federal licenciado Leonardo Vilela (PSDB) – que não vai concorrer no pleito do ano que vem –, que deixará a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) para ocupar a pasta de Gestão e Planejamento (Segplan) no lugar de Giuseppe Vecci, que sairá do posto para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.

Outros nomes citados foram o do Controlador Geral do Estado (CGE) José Carlos Siqueira, que ocupará a Casa Civil para substituir Vilmar Rocha (PSD), que lançará candidatura ao Senado, e do também deputado federal e secretário da Educação, Thiago Peixoto (PSD). Todos os decretos de contratação e exoneração serão publicados no próximo dia 26 de dezembro.

Dossiês

A divulgação de uma suposta fábrica de dossiês existente no segundo mandato do governo do ex-presidente Lula no Ministério Justiça também foi lembrada pelos jornalistas e, conforme o governador, o livro de Romeu Tuma Júnior foi importante para a recuperação da imagem dele no Brasil inteiro.

Empréstimos e Celg

Tratando da contração do pedido de empréstimo no valor de R$ 1,9 bilhão junto à Caixa Econômica Federal (CEF) para recuperar a Companhia Celg de Participações (CelgPar), o governador disse que para o saneamento definitivo da estatal tanto a Eletrobas quanto a CelgPar terão que fazer aporte na empresa.

“No futuro, a Celg vai poder ressarcir esses investimentos com o valor que ela passará a ter depois com essa solução dada [o empréstimo]. Com a prorrogação da concessão [de fornecimento e distribuição de energia] por mais 30 anos, a Celg vai ter um valor muito maior e com o equilíbrio definitivo da empresa, ela será mais valorizada”, justificou. O empréstimo terá prazo de 15 anos, com juros de 6,80%, com 36 meses de carência.

Segurança Pública

Falando sobre ações para combater a criminalidade, o chefe do Executivo listou a renovação da frota de veículos das polícias Civil e Militar, a realização de concursos e o chamamento de 2.600 homens do serviço militar voluntário do Exército, Marconi Perillo reclamou que a Constituição Federal proíbe investimentos no setor por parte da União.

“Infelizmente o governo federal, por força judicial, não ajuda as cidades e os Estados. Os municípios só têm guarda municipal – quando têm – e não há uma obrigatoriedade para que haja esse gasto [da União]”, comentou. Um agravante, de acordo com o governador, piora a situação da criminalidade em Goiás: o curto tempo em que um criminoso fica preso.

Quando questionado sobre o desgaste resultante dos quase 90 dias de greve dos policiais civis, Marconi disse que quem mais sofreu com a situação foi a sociedade e que a situação de insegurança pública poderia ter sido evitada com mais conversa por parte dos grevistas.

Para compensar, discursou que há um projeto pronto que permite o repasse de dinheiro por parte da Secretaria de Segurança Pública (SSP) diretamente para os delegados de polícia. Assim, eles próprios podem reivindicar e executar reformas nas unidades necessárias.

Infraestrutura e VLT

Somando os projetos de construção e reconstrução de rodovias e pontes, o governador concluiu que estarão disponíveis em 2014 R$ 4 bilhões para a área. Com as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), previsto para ser construído no Eixo Anhanguera, adiciona-se mais R$ 1,3 bilhão em recursos.

Estudo sobre salários

Marconi Perillo adiantou que, brevemente, divulgará em rede de televisão um estudo comparando os valores dos salários que eram pagos a servidores públicos desde quando foi eleito governador pela primeira vez, em 1998, até os dias atuais. Serão apresentadas tabelas comparativas sobre todas as áreas com seus respectivos aumentos salariais.

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