Emmanuel Macron vence a extrema direta e é reeleito na França

O presidente da França, Emmanuel Macron, foi reeleito neste domingo (24) para um novo mandato. Ele derrotou a candidata de extrema-direita Marine Le Pen. Para vencer a representante da extrema direita francesa, Macron teve 58% dos votos contra 42% de Marine Le Pen.

Na visão de muitos analistas, Macron – centrista – se beneficiou mais do sentimento de rejeição de parte do eleitorado em relação à Le Pen. A votação teve o objetivo claro de evitar a chegada da direita radical ao poder na França.

Apesar do não dos franceses a extrema direta, a eleição mostrou que Le Pen cresceu em relação às eleições de 2017, quando Macron  venceu com 66% dos votos – ela teve 33% naquele ano.

Em discurso logo após a divulgação das pesquisas, Macron agradeceu a todos que votaram nele. Disse estar ciente de que parte das pessoas o escolheram não tanto por suas qualidades, mas para barrar o avanço da extrema-direita no país.

Jean-Luc Mélenchon, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno, afirmou que a derrota de Le Pen é uma notícia “muito boa” para a unidade do “nosso povo”.

“O terceiro turno das eleições começa hoje à noite”, disse o líder do La France Insoumise, em referência à construção de uma maioria de esquerda para fazer frente, agora, ao governo de Macron.  Emmanuel Macron e Marine Le Pen chegaram à segunda fase do pleito com 27,85% e 23,15%, respectivamente.

As últimas pesquisas do Instituto Francês de Opinião Pública (Ifop), divulgadas antes da eleição, apontavam para uma vitória com 2% de vantagem, a despeito da maior votação que o partido de Le Pen obteve em sua história depois de sua primeira vez no segundo turno.

Na última quinta-feira (21), segundo pesquisa do Instituto Ipsos, Macron apareceu com 15 pontos percentuais à frente de Marine Le Pen, com 57,5% e 42,5%, respectivamente, com uma margem de erro de 3% para mais ou para menos.

Comemoração internacional  

A vitória de Macron deve ser comemorada por mais líderes ao redor do mundo, que saíram em defesa do presidente e contra o avanço da extrema-direita, principalmente na Europa. Também na quinta-feira (21), os primeiros-ministros de Portugal e Espanha e o chanceler federal da Alemanha pediram aos eleitores que rechaçassem Le Pen nas urnas.

“O segundo turno das eleições presidenciais francesas não pode ser ‘business as usual’ para nós. A escolha que o povo francês enfrenta é crucial – para a França e para cada um de nós na Europa. É a escolha entre um candidato democrático, que acredita que a força da França cresce numa União Europeia poderosa e autônoma, e uma candidata de extrema direita, que se coloca abertamente do lado daqueles que atacam a nossa liberdade e a nossa democracia – valores baseados nas ideias francesas do Iluminismo”, defenderam António Costa, Pedro Sanchez e Olaf Scholz num artigo conjunto publicado nos jornais Público (Portugal), El País (Espanha) e Le Monde (França).

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi recebido por Macron em novembro do ano passado com honras de chefe de Estado, também seguiu a linha de apoio a Macron na quinta-feira, em uma série de publicações em seu perfil no Twitter.

“O futuro da democracia está em jogo na Europa e no mundo. Neste momento decisivo, confiamos que defensores da liberdade, da igualdade e dos direitos humanos para todos se unam em torno do candidato que melhor encarna os valores democráticos e humanistas: Emmanuel Macron”, escreveu Lula. ( Informações da Agência Brasil, BBC Brasil e Brasil de Fato).

 

 

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