Quando o governador é ruim, ninguém quer ser seu vice. Quando o governo é bem avaliado, a disputa pelo cargo de vice movimenta os bastidores. Foi o caso do governo de Rodrigo Rollemberg, mal avaliado e derrotado no segundo turno por Ibaneis Rocha, o socialista não teve dificuldades em escolher um novo vice. Lembrando que o vice de sua gestão virou seu opositor, dentro de casa.
No caso de Rollemberg, a disputa ficou para o cargo de governador, todos tinham em mente que se chegassem ao segundo turno, derrotariam com facilidade o governador Rollemberg. Com isso apareceram Fraga, Rogério Rosso, Eliana Pedrosa, General Paulo Chagas, Ibaneis Rocha e outros cinco candidatos.
Já nas eleições de 2022, o cenário é completamente o oposto. Disputam a indicação de vice-governador na chapa de Ibaneis Rocha, o atual vice-governador Paco Britto, que tem sido fiel à Ibaneis. E diversos grupos e partidos.
Dentro do MDB existem forças políticas que gostariam desta indicação e com isso formariam uma chapa puro-sangue. Como afirma o presidente do partido, deputado Rafael Prudente. “A escolha do vice cabe apenas ao governador Ibaneis Rocha”, deixando claro que essa decisão será pessoal.
Além do próprio MDB, tem os evangélicos, que desejam ter direito a esta indicação. O PP de Celina Leão, não descarta a possibilidade. E dentro dos acordos para formar o time que vai conduzir a reeleição de Ibaneis pode ocorrer vetos a alguns nomes, desde que não venham atrapalhar alguns planos políticos eleitorais das eleições de 2026.
E para fechar, ainda temos as federações, que dependendo do que ocorrer, essa indicação do vice, poderá ser definida num bom acordo. É cogitado que o MDB forme uma federação com algumas siglas, como o União Brasil e o PSDB, entre outros, mas essa definição tem até o dia 31 de maio para ser finalizada. Já a escolha do vice poderá ser feita no segundo semestre de 2022.