TJDF recebe denúncia contra Roriz, executivos do BRB e empresários

Do G1

O Tribunal de Justiça informou nesta quinta-feira (28) que recebeu denúncia de improbidade administrativa do Ministério Publico contra o ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz (PRTB), três filhas dele, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN), a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB), e Weslliane Roriz, além do neto Rodrigo Domingos Roriz.

De acordo com o MP, em 2004 o então governador Joaquim Roriz interferiu na realização de um empréstimo irregular do Banco BRB a pedido da empresa WRJ Engenharia de Solos e Materiais. O dinheiro foi usado para construir o Edifício Monet, em Águas Claras, segundo a denúncia.

O G1 não conseguiu entrar em contato com a WRJ ou com a Coss Construção. A reportagem procurou o BRB para comentar o assunto, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.

O advogado da família Roriz, Eládio Carneiro, afirmou que não foi notificado oficialmente e que não tem conhecimento da ação. “O estranho é que o Roriz saiu do governo em abril de 2006 e só no final de 2013 é que entra com uma ação dessa, na véspera do período eleitoral, quando ele lidera as pesquisas de opinião”, disse.

Em troca, o ex-governador e seus familiares teriam recebido 12 apartamentos do prédio, negociados de forma fictícia pela empresa Coss Construção. Os sócios das duas companhias, Roberto Cortopassi Júnior e Renato Salles Cortopassi, também foram denunciados junto com o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, e dois diretores do banco, Geraldo Rui e Antônio Cardoso de Oliveira.

Caso sejam condenados, os denunciados podem ter de devolver o dinheiro aos cofres públicos, perder os direitos políticos ou pagar uma multa. O processo foi recebido pelo juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública do DF.

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

 Sobre a ação proposta pelo Ministério Público e recebida pela Justiça de suposta improbidade administrativa contra a família Roriz, a deputada distrital Liliane Roriz (PRTB) afirma que a decisão do magistrado já era esperada, uma vez que é na Justiça o foro adequado para apresentação da ampla defesa de todos os envolvidos.

Liliane esclarece que os citados apartamentos no residencial Monet de Águas Claras, supostamente entregues à família pela construtora denunciada, nunca foram de propriedade dela.

A distrital garante que não conhece o edifício e nunca possuiu nenhum imóvel de Águas Claras em seu nome. “Estou absolutamente tranquila e aguardo o posicionamento da Justiça para que eu possa apresentar a minha defesa”.

 

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