A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou, na quarta-feira (12), o título de persona non grata ao ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. O título inédito foi devido às críticas à capital do país durante sua gestão, que vieram a público no vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, divulgado por determinação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal. O deputado Chico Vigilante (PT), autor da moção, aprovada por unanimidade pela Câmara Legislativa, disse que ficou “indignado com o ataque que o ex-ministro fez a Brasília”.
“Eu não quero ser escravo nesse país. E acabar com essa porcaria que é Brasília. Isso daqui é um cancro de corrupção, de privilégio. Eu tinha uma visão extremamente negativa de Brasília. Brasília é muito pior do que eu podia imaginar. As pessoas aqui perdem a percepção, a empatia, a relação com o povo. Se sentem inexpugnáveis”, disse o ex-ministro.
Weintraub deixou o Ministério da Educação e assumiu o cargo de diretor-executivo do Banco Mundial. Até o momento, ele não se manifestou sobre o título recebido.
Repercussão no Congresso
Parlamentares do Distrito Federal se posicionaram sobre o título inédito.
A deputada Flávia Arruda (PL-DF) ressaltou que Weintraub “fez por merecer”.
A deputada Érika Kokay (PT-DF) afirmou que a Câmara Legislativa representou Brasília e os brasileiros ao responder aos ataques de Weintraub.
“Vou encaminhar um ofício parabenizando a Câmara Legislativa, porque defendeu e representou o povo de Brasília, com sua honestidade e capacidade de transformar o barro vermelho em um projeto de desenvolvimento nacional. A ação da Câmara Legislativa é um ineditismo oportuno e necessário, que representa o sentimento do povo brasileiro”, destacou.
O deputado Luis Miranda (DEM-DF) também se manifestou. “Enfim alguém deu uma resposta às agressões do ex-ministro à nossa sonhada, exemplo e linda capital. Foi um desrespeito total aos 3 milhões de moradores da nossa amada Brasília, capital do Brasil. E esse senhor ainda se diz patriota… Ele não é um patriota”. (CNN Brasil)