Barroso dá 72 horas para governo explicar presença de chefes de facção em presídio do DF

Carros do Exército chegam à área externa da Penitenciária Federal, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso determinou, nesta quinta-feira (13), que o governo federal preste esclarecimento, no prazo de 72 horas, sobre a presença de chefes de uma facção criminosa na Penitenciária Federal de Brasília. O presídio fica a cerca de 15 quilômetros da Praça dos Três Poderes e abriga criminosos como o traficante Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, condenado a 330 anos por diversos crimes. Informações de Mariana Oliveira e Fernanda Vivas, TV Globo.

Barroso é o relator de uma ação apresentada pelo governo do Distrito Federal sobre o tema, que tenta obrigar transferência dos presos para outras unidades da federação. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal já se manifestou contra a presença deles na capital, por ver riscos às autoridades, como ministros de Estado, parlamentares, ministros de tribunais superiores, além de representações estrangeiras.

Localização da Penitenciária Federal e do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal  — Foto: Google Maps/Reprodução

Localização da Penitenciária Federal e do Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal — Foto: Google Maps/Reprodução

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o emprego das Forças Armadas, na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para reforçar a segurança na área externa do presídio, inaugurado em 2018. O ministro da Justiça, Sérgio Moro, afirmou que o objetivo era evitar fugas.

“O governo tá sempre adiante dos criminosos e a ideia ali é prevenir qualquer espécie de tentativa de um eventual resgate”, disse Moro na ocasião.

Chegada de presos de facção criminosa no Presídio Federal de Brasília, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução

Chegada de presos de facção criminosa no Presídio Federal de Brasília, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução

Depois do decreto, a OAB-DF apontou, em nota, que a instituição defende “que presídio desta natureza não pode estar localizado em um perímetro no qual estão as cúpulas de todos os poderes do país e todas as representações internacionais”.

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