Dois eventos relembram os 117 anos de JK

Duas solenidades, uma pela manhã e outra à tarde, marcaram as comemorações dos 117 anos do nascimento de Juscelino Kubitschek. Na primeira delas, realizada no Memorial JK, familiares, políticos e a população de Brasília tiveram a oportunidade de colocar flores no túmulo do presidente que construiu a capital. À tarde, no Senado, uma sessão solene relembrou a data. Na ocasião, também foi lançado o primeiro livro com os discursos proferidos por JK na Presidência da República, todos de 1956. A obra foi impressa pelo Senado, e é a primeira de uma série de cinco livros com os pronunciamentos de JK na Presidência da República.

Na homenagem da manhã, o governador do DF, Ibaneis Rocha, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Leila Barros (PSB-DF), o presidente da Câmara dos Deputados do DF, Rafael Prudente, e os secretários de governo Adão Cândido (Cultura), Ruy Coutinho (Desenvolvimento Econômico) e Vanessa Mendonça (Turismo) juntaram-se a alunos de escolas públicas, turistas e familiares do ex-presidente para homenagear JK.

Antes de colocarem flores no túmulo do ex-presidente, coube ao vice-presidente do Memorial JK, o empresário Paulo Octavio, cumprimentar os presentes e saudar a memória do fundador da capital. “Essa é uma homenagem ao pai de Brasília e fundador desta cidade. Em cinco anos de governo, ele fez o País avançar 50 anos e cumpriu todas as metas que se propôs como candidato. O período de JK mostra que é possível governar com diálogo, liberdade e democracia”, disse, lembrando o papel da nova capital como meta síntese, erguida em mil dias. “Brasília é a maior epopeia do século passado e deve nos orgulhar sempre”, avaliou.

Em seu discurso, o senador Randolfe Rodrigues fez questão de agradecer à família de JK, em nome do Senado. “O Brasil, na era de JK, experimentou um crescimento de 14% a 15%, em média, ao ano. Foi uma belle époque. Brasília é a maior obra do século 20 e se compara apenas às Pirâmides do Egito e à Muralha da China. E JK se tornou uma referência da história do Brasil porque reuniu homens e mulheres para construir um Brasil soberano, democrático e justo”, avaliou. “Mas seu legado mais importante foi o de mostrar que não existe outro caminho que não seja a democracia”, acrescentou.

Para o governador Ibaneis Rocha, as lições de JK são fundamentais no Brasil atual. “A política que se faz hoje precisa repensar a história de JK, que integrou e desenvolveu o País. Os políticos têm de trabalhar para unir e desenvolver a nação. Está na hora de fazer o Brasil voltar a ter esperança, e é preciso reacender a chama de JK em nós”, afirmou.

Livro resgata discursos históricos
Na parte da tarde, o Senado realizou uma sessão solene, proposta pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), em memória de JK, cujo último mandato exercido foi o de senador por Goiás. A sessão também marcou o lançamento do primeiro livro com os discursos proferidos na Presidência da República, todos de 1956. A obra foi impressa pelo Senado, e é a primeira de uma série de cinco livros com todos os pronunciamentos de JK na Presidência da República.

Presidida pelo senador Izalci Lucas (PSDB-DF), a sessão destacou o papel histórico de JK na construção do Brasil moderno. Para o senador do DF, ele foi o maior presidente do Brasil do último século. “JK foi um exemplo de coragem, competência e de amor ao Brasil”, avaliou, após passar pelo plano de metas e relembrar sua trajetória – nascido em Minas, Izalci veio para Brasília com a família na construção da capital. “Brasília é a capital da esperança. Era assim que o presidente a imaginava e era assim que queria que a víssemos sempre”, disse, emocionado. “O Brasil, que antes era somente da praia, depois de JK passou a ser de todo o Brasil. Foi por uma nação moderna e integrada que lutou até o fim de sua vida”, concluiu.

Já o senador Randolfe Rodrigues começou seu pronunciamento agradecendo pela parceria com o Memorial JK, o que permitiu o lançamento do livro “Memórias do Brasil 1956. Discursos de JK” e lembrou obras importantes executadas pelo ex-presidente no seu estado, o Amapá. “O Brasil era um país grande, mas foi consolidado por JK”, disse, destacando o planejamento estratégico para a Amazônia, sem devastação ambiental e com diálogo com os povos da região. “Tudo o que ele fez foi pela égide da democracia. Dialogou com Congresso, imprensa, STF e igreja, entre outros entes, com a convicção de que o caminho era o estado democrático de direito. Fora da democracia não há alternativa, e esse é um legado de JK no qual temos de nos inspirar”, concluiu.

Pela família de JK, coube a seu bisneto André Octavio Kubitschek fazer a saudação e lembrar a trajetória do bisavô. “Hoje, celebramos os 117 anos do nascimento de JK, o homem que em sua trajetória política como deputado, prefeito, governador, senador e presidente do Brasil, construiu políticas de Estado na mais pura e legítima forma de legislar e governar pelo bem da sociedade”, afirmou, acrescentando que JK praticou a verdadeira política ao construir pontes entre todas as instâncias sociais. Ele também agradeceu ao Senado pelo lançamento do livro. “Um projeto desenvolvido pelo Memorial JK, e publicado pela gráfica do Senado Federal, com o total apoio do senador Randolfe Rodrigues, a quem agradecemos o empenho e a confiança”, acrescentou, relembrando que a nação deve sempre honrar o que ele fez por todos brasileiros.

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