Por Agência Brasil
O encontro na capital dos Estados Unidos ocorreu menos de uma semana depois da repercussão dos incêndios na Amazônia Legal durante reunião do G7 – grupo formado pelas nações mais industrializadas do mundo, que inclui Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido – em Biarritz, na França.
![Reuters/Yuri Gripas/Direitos Reservados Ministro das Relações Exteriores do Brasil,Ernesto Araújo, Eduardo Bolsonaro](http://imagens.ebc.com.br/kLhPaUoE2xsYhNIibJigFRm6Vc0=/754x0/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/image/2019-08-30t185212z_587579470_rc19bbec1660_rtrmadp_3_usa-trump-brazil.jpg?itok=cLwhr9cl)
De acordo com Araújo, a visita à Casa Branca serviu para “agradecer a atuação no presidente Trump no G7 de contestar (…) ideias de que é preciso algum tipo de internacionalização da Amazônia”.
“O mundo inteiro sabe que o Brasil e os Estados Unidos têm uma relação diferenciada. Isso é importante neste momento que alguns países, talvez, um país está com ideias esquisitas sobre a nossa soberania na Amazônia. Não um país, mas um determinado líder”.
Livre comércio
Antes do início da reunião do G7, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que poderia não ratificar o recente acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia se o Brasil não desse fim às queimadas na Floresta Amazônica e chegou a falar em “internacionalização da Amazônia”.
Nos últimos dias, o governo federal mobilizou o Exército para combater o fogo na Amazônia e liberou R$ 38 milhões para ações de controle dos incêndios. o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, declarou que a ajuda prometida pelo G7 aos países afetados pelos incêndios na região amazônica é “bem-vinda” e o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto proibindo queimadas na região por 60 dias.
A inciativa do governo brasileiro na Amazônia após a reunião do G7 já obteve resultados. A Operação Verde Brasil, que reuniu várias agências públicas em torno do combate aos incêndios na Amazônia Legal, registrou diminuição nos focos de queimada.
O deputado Eduardo Bolsonaro confirmou na saída do encontro com Donald Trump que agradeceu pessoalmente o apoio norte-americano durante a reunião do G7 e assinalou a aproximação entre o Brasil e os EUA. “Todos os líderes que tentarem subjugar a soberania nacional encontraram problemas não só com o Brasil, mas também com os Estados Unidos.”
“Não podemos aceitar no Brasil é Macron, da maneira como ocorreu, falando e atentando contra a nossa soberania nacional depois vir querer fazer algum tipo de ajuda. Não é uma ajuda que vem de bom coração, é uma ajuda que vem com interesses outros”, considerou o deputado.
O presidente Jair Bolsonaro já anunciou que pretende indicar Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. “O presidente Trump, espontaneamente, reforçou a sua intenção, de maneira bem educada, de apoiar a minha candidatura”, disse o parlamentar. “São os senadores que vão decidir o meu futuro quanto à possibilidade de ser embaixador”, completou Eduardo Bolsonaro.