G1 DF

O secretário de Meio Ambiente do Distrito Federal, Eduardo Brandão, disse nesta sexta-feira (18) que a Secretaria de Saúde vai ser multada em R$ 250 mil por causa do vazamento de óleo que atingiu o Lago Paranoá na quinta-feira (17). De acordo com Brandão, o óleo vazou de uma caldeira do Hospital Regional da Asa Norte (Hran).
Segundo o secretário, a caldeira é um equipamento utilizado para aquecer a água utilizada para esterilizar materiais utilizados na unidade de saúde. Segundo Brandão, o equipamento apresentou um superaquecimento que fez com que óleo de combustível escorresse para as galerias de águas pluviais.
No ano passado, um vazamento de óleo da mesma caldeira também atingiu o Lago Paranoá. Na época, a secretaria foi multada em R$ 63 mil. O processo corre até hoje na Justiça e o valor não foi pago ainda. Brandão informou que em casos como este o próprio GDF pode apresentar recursos durante a análise do caso.

O secretário de Meio Ambiente disse que o lago não será interditado no fim de semana, mas orientou que donos de embarcações e banhistas não se aproximem da área onde a mancha de óleo ainda é visível. De acordo com Brandão, a água do lago deve estar limpa em até 15 dias.

na saída de galeria (Foto: Lucas Nanini/G1)
Ele afirmou que uma empresa especializada em limpeza foi contratada para remover o óleo do lago. Segundo o secretário, três animais foram capturados, cobertos com óleo, e levados à Universidade de Brasília (UnB) para limpeza e tratamento.
Novas manchas
Também nesta sexta, uma equipe multidisciplinar de órgãos ambientais do DF anunciou que estava investigando se uma nova mancha de óleo havia surgido no Lago Paranoá. O suposto ponto de resíduo estaria localizado no Setor de Clubes Esportivos Norte, entre a Concha Acústica e os condomínios.
Na quinta-feira (17), uma mancha de três quilômetros quadrados foi localizada próxima ao Clube dos Fuzileiros Navais e o Iate Clube, também no Setor de Clubes Norte, avançando depois para áreas mais distantes da margem.
A substância poluente começou a ser despejada no lago na tarde desta quarta, segundo o Corpo de Bombeiros, mas só foi vista na manhã de quinta. Marinha, Ibram, Adasa e Caesb enviaram técnicos para avaliar a situação logo após a denúncia. A Caesb recolheu amostras para analisar a água.