Macri amplia coalizão chamando líder peronista para vice nas eleições

Por O Dia

Presidente argentino Mauricio Macri decidiu expandir sua coalizão de governo escolhendo Miguel Angel Pichetto, um dos líderes peronistas do Senado, para vice
Presidente argentino Mauricio Macri decidiu expandir sua coalizão de governo escolhendo Miguel Angel Pichetto, um dos líderes peronistas do Senado, para vice – Juan Mabromata/ AFP
Buenos Aires – O presidente argentino, Mauricio Macri, decidiu ampliar sua coalizão de governo ao escolher nesta terça-feira um dos líderes peronistas do Senado para acompanhá-lo na sua chapa como vice-presidente na disputa eleitoral de 27 de outubro.

“Quero anunciar que Miguel Ángel Pichetto me acompanhará como candidato a vice-presidente da Nação”, escreveu Macri nas redes sociais.

Em uma jogada política surpreendente, o presidente liberal que aspira à reeleição optou pelo chefe do bloco Justicialista Federal (peronista de direita) no Senado. É um advogado de 68 anos, feroz inimigo político da ex-presidente e senadora opositora Cristina Kirchner.

A chapa Macri-Pichetto enfrentará a de Alberto Fernández-Cristina Kirchner, que representa os setores de centro-esquerda do peronismo.

“Precisamos construir acordos com muita generosidade e patriotismo onde todos os argentinos que compartilham esses valores contribuam de seus lugares”, disse Macri em sua mensagem.

“É um homem de Estado, que com o passar dos difíceis anos de governo soube conhecer e respeitar seu compromisso com a Pátria e as instituições”.

Pichetto declarou em entrevista coletiva “que compartilha com o governo uma visão capitalista que signifique que se exporte, que se abram mercados, que siga adiante a Vaca Muerta (exploração de hidrocarbonetos não convencionais no sul), que se apoie o setor agropecuário e os empreendedores tecnológicos”.

O candidato a vice reafirmou sua oposição à prisão preventiva de políticos acusados de corrupção enquanto aguardam uma sentença definitiva. “Sou contra a prisão preventiva antecipada”.

Até agora a coalizão de governo Cambiemos unificava a social-democrata União Cívica Radical ao partido de direita Proposta Republicana (PRO). Pichetto foi um dos aliados do ex-presidente peronista de direita Carlos Menem (1989-99) no Senado, mas depois migrou para o kirchnerismo no governo de Néstor Kirchner (2003-2007).

No final do segundo governo de Cristina Kirchner (2007-2011 e 2011-2015), Pichetto passou para a oposição. Desde então, ele apoiou as iniciativas de lei de Macri e foi seu maior aliado no Senado.

A Bolsa de Buenos Aires reagiu positivamente ao anúncio de Macri e subiu 5,02%.

Para definir o cenário final das próximas eleições, falta o anúncio sobre se o peronismo de esquerda, ligado a Kirchner e seus aliados, formará ou não uma coalizão com a Frente Renovadora, do ex-deputado Sergio Massa, outra corrente do peronismo.

“O diálogo com a Frente Renovadora para a construção de uma grande coalizão opositora, diante da magnitude da crise no país, tem frutificado. Amanhã (quarta-feira) vamos anunciar a decisão”, disse em entrevista coletiva José Luis Gioja (presidente do partido peronista).

O peronismo está dividido em várias facções, mas o eleitorado se polariza entre Macri e Cristina Kirchner, vice de Alberto Fernández.

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