Protesto por direitos gays termina com violência e prisões

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Ativista dos direitos gays tenta recuperar bandeira arrancada de suas mãos por manifestante anti-gay
Foto: OLGA MALTSEVA / AFP

Ativista dos direitos gays tenta recuperar bandeira arrancada de suas mãos por manifestante anti-gay OLGA MALTSEVA / AFP

 A polícia prendeu 67 pessoas após uma briga entre ativistas dos direitos gays e seus adversários durante uma manifestação na cidade russa de São Petersburgo neste sábado.

Partidários dos direitos gays na Rússia realizaram vários pequenos protestos desde a adoção, em junho, de uma lei que proíbe “propaganda” homossexual dirigida a menores. Críticos dizem que a lei limita a liberdade de reunião e de expressão dos homossexuais.

O assunto tem despertado atenção internacional crescente, enquanto a Rússia se prepara para sediar as Olimpíadas de Inverno em Sochi no ano que vem. Os ativistas pediram a participantes e patrocinadores que boicotem os jogos em repúdio à lei.

O distúrbio no centro de São Petersburgo começou depois que um grupo de cerca de 15 ativistas de direitos gays tentou realizar uma manifestação para marcar o Dia Internacional da Saída – data criada para encorajar os homossexuais a se assumirem como gays.

Eles eram numericamente muito inferiores aos manifestantes anti-gay, muitos deles vestidos como cossacos e padres ortodoxos, e que haviam ocupado o local planejado para a demonstração. Também havia entre eles muitas idosas entoando orações russas ortodoxas.

– Os homofóbicos interromperam a ação com a ajuda da polícia – disse Natalia Tsymbalova, uma das organizadoras da manifestação.

Outra manifestante, chamada Maria, disse que quando uma colega tentou abrir uma bandeira com as cores do arco-íris, foi derrubada e teve a bandeira arrancada de suas mãos.

Um representante da polícia disse que 67 pessoas foram detidas, entre eles tanto ativistas de direitos gays quanto seus adversários.

O presidente russo, Vladimir Putin, negou que a nova lei objetiva reprimir os direitos dos homossexuais. As pesquisas de opinião dão a entender que a lei tem o apoio da maioria dos russos, incluindo muitos fiéis e conservadores ortodoxos, que vêem a homossexualidade como um pecado.

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