Do G1
A sessão de cerca de uma hora e meia entre Obama e líderes republicanos na Câmara foi descrita como uma boa reunião, em que Obama ouviu o presidente da Câmara, John Boehner, explicar as propostas para aumento do teto da dívida no curto prazo.
Segundo o deputado Paul Ryan, citado pela agência Reuters, Obama não aceitou nem rejeitou a proposta de aumento da dívida no curto prazo apresentada pelos republicanos.
De acordo com o líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor, o encontro foi “útil”, mas as negociações para resolver a crise orçamentária vão continuar. Em declarações à agência EFE, ele afirmou que os republicanos continuarão a discutir a portas fechadas e que Obama fará suas próprias consultas com funcionários de sua administração em busca de “um caminho adiante”.
A proposta
Os republicanos na Câmara dos Deputados apresentaram nesta quinta-feira um plano que evitaria um iminente calote dos Estados Unidos, em um sinal de que os parlamentares podem encerrar o impasse que vem abalando os mercados financeiros e pondo em xeque a futura capacidade do país de solver seus débitos.
“É tempo para essas negociações e essas conversações começarem”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, John Boehner, a repórteres, depois de apresentar o plano a seus colegas do Partido Republicano.
O Congresso dos Estados Unidos precisa entrar em acordo para elevar, até 17 de outubro, o teto da dívida do país, atualmente em US$ 16,7 trilhões. Se esse acordo não for alcançado, o Departamento do Tesouro diz que não terá condições de pagar suas contas após essa data.
Os republicanos alegam que se a questão não for resolvida até essa data o governo Obama poderia arcar com o compromisso de pagamento de títulos às custas de outras obrigações. No entanto, o secretário do Tesouro, Jack Lew, afirmou que isso não é possível. “Seria o caos”, disse ele ao Comitê de Finanças do Senado.
O plano dos republicanos iria prorrogar essa data limite estimada pelo Tesouro por seis semanas, o que lhes daria mais tempo para conseguir cortes de despesas, a revogação de um imposto na área médica e outras medidas que dizem ser necessárias para manter a dívida nacional num nível administrável.
Os democratas querem um aumento do teto do endividamento que amplie por mais de um ano o poder do governo de tomar empréstimos.