Sábado aconteceu o primeiro movimento significativo no tabuleiro das eleições gerais de 014. Marina está filiada ao PSB e José Serra continua no PSDB. Isto significa que existirão três candidatos fortes ao cargo presidente da república e a certeza de um segundo turno.
No Distrito Federal os desdobramentos da filiação de Marina são evidentes. Aqui como lá um candidato com baixo potencial de voto aproximou-se de um candidato de alto potencial. Na esfera federal Marina turbina a candidatura de Eduardo Campos que passa a ser um candidato competitivo na disputa. Aqui, Rodrigo Rollemberg tenta se aproximar de Reguffe que poderá transformar-se em o único candidato a navegar no estuário da esquerda no Distrito Federal com chances reais de vitória.
Na tarde de segunda-feira o PDT anunciou a candidatura de Reguffe para governador do DF. Surpreende o lançamento, até então o pedetista estava correndo de um cargo executivo e sugeria que seu sonho de consumo seria o senado. É possível que a candidatura do PDT ao GDF seja apenas o fortalecimento da posição de negociação com o PSB. Se permanecer candidato Reguffe irá dispersar ainda mais a disputa e tornará o resutado das eleições completamente imprevisíveis. Se o PDT recuar e fizer uma aliança com o partido de Rodrigo Rollemberg, ao invés de reduzir a disputa no DF à tradicional polarização esquerda versus direita, poderá atrair tanto os eleitores insatisfeitos com a gestão do PT quanto os eleitores que rejeitem os tradicionais líderes políticos, Joaquim Roriz e José Roberto Arruda.
O governador Agnelo vai estar ocupado em defender sua gestão e compará-la às de seus predecessores. Roriz e Arruda vão tentar mostrar que fizeram mais e melhor do que o governador do PT. Rodrigo Rollemberg, caso traga Cristovam e Reguffe para a coligação será um novidade. Poderá fazer uma campanha propositiva e mostrar como quer construir o futuro de Brasília. É uma garantia para a vitória? Não, mas que ajuda… ajuda.