O advogado Ibaneis Rocha (MDB) será o novo governador do Distrito Federal. Ele venceu a disputa do segundo turno com 69,79% dos votos válidos. O atual governador Rodrigo Rollemberg (PSB), que tentou a reeleição, ficou com 30,21% dos votos válidos.Com 100% das urnas apuradas, os votos brancos somaram 3,47% e os nulos, 7,99%. A abstenção ficou em 18,94%.
Estreante em cargos eletivos, Ibaneis apresentou rápido crescimento nas pesquisas de intenção de voto no primeiro turno, subindo de quinto colocado, em meados de setembro, para a primeira posição de forma isolada. Ele afirma que entrou na política este ano para ajudar a resolver os problemas que os políticos tradicionais não conseguiram solucionar.
No segundo turno, o candidato recebeu o apoio do PR e de membros do partido como a ex-primeira dama do DF e deputada eleita, Flávia Arruda, e de Jofran Frejat, que cogitava concorrer ao cargo. O ex-deputado federal Tadeu Filippelli, também do MDB, foi um dos primeiros apoiadores de Ibaneis.
Nascido na capital federal, o advogado tem pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho e Processo Civil. Desde a década de 1990, Ibaneis tem escritório de advocacia em Brasília e ficou conhecido por ações em defesa de entidades classistas e de órgãos públicos. Ele também é sócio da empresa Ibaneis Administradora De Bens Patrimoniais. Entre 2007 e 2010, foi secretário-geral da Comissão Nacional de Prerrogativas do Conselho Federal da OAB.
Programa de governo
O programa de governo do candidato eleito tem como diretriz o uso das tecnologias em áreas sensíveis como saúde, segurança e mobilidade, projeto que recebeu o nome de DF Inteligente. Ele diz que vai melhorar a gestão da educação e, com isso, alcançar resultados positivos na geração de empregos e ampliação da renda dos moradores.
Intensificar a regularização de imóveis urbanos e rurais na capital federal, além de restaurar obras e monumentos, também estão entre as ações prometidas por Ibaneis.
Candidato derrotado
Já Rodrigo Rollemberg, de 59 anos, é formado em História e iniciou sua carreira política ainda no movimento estudantil. Membro do PSB desde 1985, foi deputado distrital por dois mandatos, deputado federal entre 2007 e 2010, quando foi eleito senador. Em 2014, deixou o Senado para se candidatar ao governo do DF, vencendo no segundo turno.