Brasília 247 – A segunda leva dos 250 médicos cubanos que atuarão pelo programa Mais Médicos, do Governo Federal, chegou em Brasília (DF) por volta das 00h15 desta quarta-feira (2), no Aeroporto Internacional da Capital Federal. Até o próximo fim de semana, dois mil médicos cubanos deverão chegar ao Brasil nesta segunda etapa do programa. De acordo com o Ministério da Saúde, a previsão é de que, até o final deste ano, quatro mil médicos de Cuba venham ao país.
Na chegada dos médicos, um grupo com cerca de 15 pessoas recebeu esses profissionais com faixas do PT e da Central de Movimentos Populares, com gritos de “cubano, amigo, o Brasil está contigo”. Um dos manifestantes comentou sobre o apoio. “Estou aqui em solidariedade aos brasileiros que não têm médicos. O curso de medicina por aqui ainda é muito excludente”, disse o bombeiro Pedro Rodriguês, 48 anos, de acordo com o Correio Braziliense.
O programa tem como objetivo levar médicos para atuarem em regiões carentes do país, em especial nas cidades do interior. “Vim ajudar o povo brasileiro para melhorar a saúde do país”, afirmou o médico Ramon Flores, 46 anos. “Acho que trabalhar aqui será uma grande experiência para todos nós. É muito lindo ajudar um povo que necessita do nosso trabalho”, declarou a médica, Roxana Gallardo, 42 anos.
Os dois mil médicos cubanos iniciam o módulo de avaliação na próxima segunda-feira (7), cuja duração é de três semanas, com aulas sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e língua portuguesa. O curso ocorre no Distrito Federal, em Belo Horizonte (MG), em Vitória (ES) e em Fortaleza (CE).
Mudança de registro
Nesta terça-feira (1), a comissão mista responsável por analisar a medida provisória que criou o Programa Mais Médicos aprovou mudanças no texto original. A principal delas é prevê que o registro para que os médicos estrangeiros possam trabalhar sejam concedidos pelo Ministério da Saúde e não mais pelos conselhos regionais de medicina. Isso porque alguns conselhos têm se recusado a fazer o registro sob o argumento de que esses profissionais precisam fazer a revalidação do diploma.
Conforme o texto, elaborado pelo deputado federal Rogério Carvalho (PT-SE), os conselhos continuam com a tarefa de monitorar e fiscalizar o trabalho dos participantes do programa em seus respectivos estados. As medidas ainda precisam ser votadas nos plenários do Senado e da Câmara Federal.